Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
Já podemos afirmar que 2015 não foi um bom ano para a Qualcomm. O Snapdragon 810, seu SoC octa-core de 64 bits apresentou um problema sério de superaquecimento que o levou a ser preterido por diversos fabricantes de smartphones: os Galaxies S6 e S6 Edge ficaram apenas com o Exynos 7420 enquanto que o LG G4 recebeu o Snapdragon 808, que embora seja apenas hexa-core apresenta uma performance superior ao 810 em testes.
Quanto àqueles equipados com o chip como o HTC One M9 e o Sony Xperia Z4, desnecessário dizer.
A Qualcomm foi obrigada a apressar os planos do Snapdragon 820, o primeiro equipado com uma CPU de 64 bits personalizada pela empresa, diferente do 810 que foi baseado nos núcleos A57 e A53 da ARM. E a fim de evitar novas dores de cabeça a Samsung, e não a TSMC ficará encarregada de fabricá-lo.
A empresa de Taiwan está tomando todo o cuidado possível para que a transição definitiva para o form fator 64 bits seja tranquila. Ao que tudo indica a TSMC, que ficou encarregada da última linha de SoCs da Qualcomm não fez um bom trabalho ao adaptar a arquitetura da ARM nos chips Snapdragon, embora o 808 tenha um desempenho muito bom. De fato, no frigir dos ovos ele supera o 810 por este não aguentar o calor e pedir para sair da cozinha sempre que lhe é exigido demais.
Sobrou a Samsung, que empregou o processo de litografia de 14 nanômetros na última geração de chips Exynos, mais avançado que o processo de 16 nanômetros que a TSMC usa atualmente. A performance dos chips presentes nos atuais tops de linha da fabricante sul-coreana muito provavelmente pesou na decisão.
A previsão é que o Snapdragon 820 chegue ao mercado nos próximos meses e já há uma fila de interessados: Sony, HTC e Xiaomi seriam os primeiros a utilizar o chip, e essa última inclusive tem planos para equipar seu próximo top de linha com ele; especula-se que o Mi 5 seja apresentado já em outubro.
Fonte: SamMobile.