Carlos Cardoso 8 anos atrás
Como todo regime totalitário que se preza Cuba seguiu direitinho a cartilha de George Orwell, mantendo controle ferrenho sobre meios de comunicação e ferramentas de troca de informação em geral. Poucas coisas eram mais ilegais na Disneylândia do Socialismo do que publicar um fanzine não-autorizado.
Quando começou a ficar muito feito e ninguém mais acreditava em desculpas como bloqueio econômico (já que Cuba tem um ativo comércio internacional com o resto do mundo E cabos submarinos com a Venezuela, fora links de satélite) os Irmãos Wachowski Castro começaram a liberar coisas como telefonia celular, mas a um custo de meses de salário. Digamos assim, eles vivem o que o Brasil viveu na época do Monopólio das Telecomunicações, mas lá é por maldade, aqui era pura incompetência. E maldade.
Com acesso apenas a e-mail custando US$ 1,20 por MB não havia muitos usuários, mas agora que Obama é amigo, Cuba não está mais no Eixo do Mal e o fim do Bloqueio é questão de tempo, Havana está facilitando mais ainda o acesso, mesmo que à Intranet, a grande rede controlada pelo Estado, onde poucos sites internacionais estão disponíveis.
Esse acesso mais liberal será via honeypots hotspots da ETECSA, a estatal responsável por telecomunicações na Ilha. Serão 35 pontos, cada um suportando entre 50 e 100 usuários, com velocidade individual de 1 Mb/s. Os usuários, claro, não serão cidadãos. O salário médio de um cubano é de US$ 20,00 e o acesso custará entre US$ 4,50 e US$ 2,00 por hora.
Esperemos que isso mude, o mundo é um lugar melhor com uma Cuba conectada. Convenhamos, nós precisamos de mais sites populares com o top level domain .cu
Fonte: Guardian.