Carlos Cardoso 8 anos atrás
O uso de catapultas para lançar aviões é tão antigo quanto a aviação. Surgiu com os Irmãos Wright, mas não foi empregado na 2ª Guerra Mundial; não havia necessidade, os aviões da época decolavam sem (muitos) problemas dos porta-aviões. Com o advento dos jatos isso se complicou.
A saída foram as catapultas a vapor, imensos pistões diretamente conectados nas linhas de vapor de alta pressão dos porta-aviões. Um gancho prende o trem de pouso ao pistão, o vapor é liberado e o avião é puxado, sendo acelerado a mais de 300 km/h em menos de 100 metros.
A desvantagem é que esse sistema exige muita manutenção, e manutenção especializada. E convenhamos, vapor em 2015 soa… antiquado.
Os novos porta-aviões projetados nos EUA trocarão a catapulta a vapor uma uma eletromagnética. O primeiro desses navios é o USS Gerald R. Ford, comissionado em 2013 mas ainda em desenvolvimento e certificação de sistemas. O mais recente desses é a catapulta eletromagnética, que foi testada com um trenó de 3,7 toneladas:
U.S. Navy — EMALS dead load testing begins aboard PCU Gerald R. Ford (CVN 78)Obviamente em condições reais o navio estará em movimento. A catapulta e o motor no máximo sozinhos não bastam, é preciso estar contra o vento, navegando em uma velocidade razoável. Voar não é fácil.
Curiosidade: 60 anos atrás a Marinha dos EUA testava a então revolucionária catapulta a vapor, com um trenô e um filme virtualmente idênticos. Interessante essa sensação de que no fundo nada muda:
British Pathé — New Catapult For Jet Planes (1955)Fonte: Engadget.