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Vários games continuam sumindo das lojas digitais

Cadê o game que tava aqui? Scott Pilgrim vs. The World, Marvel vs. Capcom Origins, Aliens: Colonial Marines e Aliens vs Predator somem das lojas digitais

9 anos atrás

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Eis uma verdade que preocupa muitos gamers hoje em dia: a efemeridade do ciclo de vida dos títulos. Não falo da durabilidade dos jogos em si, games que podem envelhecer mal e se tornar injogáveis. Falo da disponibilidade mesmo: a distribuição digital facilita e muito nossa vida, mas basta uma decisão de um estúdio e/ou uma loja digital e aquele game que não possui correspondente físico simplesmente sumir e quem não comprou, perdeu.

Já tivemos diversos casos, e há um ano atrás a Marvel deu um duro golpe em seus fãs. Agora foi a vez da Ubisoft e da Gearbox, que deram chá de sumiço em dois títulos bem famosos (um deles pelos motivos errados).

O primeiro e talvez o mais sentido pelos fãs foi o desaparecimento de Scott Pilgrim vs. The World: The Game, um divertido beat’em up lançado para PS3 e Xbox 360 em 2010, na esteira do sucesso do filme baseado nos quadrinhos de Brian Lee O’Malley. Com uma pegada fortíssima do clássico River City Ransom, o título embora tivesse alguns problemas (como não ter multiplayer online, algo que foi corrigido depois) caiu nas graças do público muito em parte por conta da excelente trilha sonora da banda Anamanaguchi.

Pois bem: o título simplesmente desapareceu da PSN e Xbox Live no último dia 31, mesmo dia em que a Capcom removeu Marvel vs. Capcom Origins, o último título que ainda restava nas lojas digitais de sua parceria com a Casa das Ideias (que por uma possível imposição da Disney não renovou contratos nem com ela, nem com a Activision no fim de 2013). Claro que quem comprou o game ou os DLCs (inclusive o que adiciona multiplayer online e o personagem Wallace Wells) pode baixa-los quantas vezes quiser, mas quem não comprou até hoje perdeu: como ele nunca foi lançado fisicamente, o sumiço nos consoles de sétima geração acabou por matá-lo de vez. Por enquanto ele ainda está listado nas lojas digitais da Europa, mas não se sabe por quanto tempo.

A falta do seguinte talvez não seja sentida por muita gente: trata-se do famigerado Aliens: Colonial Marines, o game da Gearbox que fora desenvolvido por uma terceira sem que a Sega soubesse (já que os primeiros estavam ocupados com Borderlands 2), o que resultou num game absolutamente terrível. Ele foi removido do Steam junto com Aliens vs. Predator, o shooter de 2010 da Rebellion (o time responsável pelos games homônimos lançados para Atari Jaguar e SNES durante os anos 1990; o beat’em up para Arcade era da Capcom).

Claro que em ambos os casos tudo leva a crer que se trata de um caso de licenças: há um prazo que as lojas têm para distribuir os games e passado o tempo, é hora de renegociar os valores. Independentemente de quem seja o culpado, o fato é que quando um game não possui uma contraparte física (como aconteceu com Scott Pilgrim), a remoção do título das lojas digitais acaba por efetivamente matar o game: ele não está mais disponível para novos compradores de forma alguma.

Isso é algo que os jogadores reclamam muito: como confiar na distribuição digital se de um dia para outro seu game favorito pode sumir? O formato possui inúmeras vantagens sobre a mídia física, mas sua efemeridade é um ponto fraco preocupante. Quando a vida de um game depende de um contrato e uma canetada, não tiro a razão de quem ainda prefere manter suas caixinhas, cartuchos, CDs, DVDs e Blu-rays.

Fontes: GRX e VB.

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