Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
O Google anda meio perdidinho com o Glass, seu gadget de US$ 1.500 que até agora não mostrou a que veio, ao menos para o consumidor final. A gente sabe, há diversos projetos de desenvolvedores para usos dedicados, desde medicina a segurança pública, mas ainda não vimos algo que justifique a aquisição pela população geral.
Para completar os desenvolvedores estão perdendo interesse no acessório. Um dos motivos seria a performance pífia: sua bateria só resiste a 45 minutos de filmagem contínua em 720p, o que faz dele um gadget dos mais gastões e estaria levantando o temor que o Glass não passe de um produto-conceito, não recebendo uma versão final. Só que Mountain View não vai desistir tão fácil.
De acordo com informes do Wall Street Journal, o Google pretende lançar em 2015 um novo modelo do Glass (não há indícios de que seja o final; pode ser um update do Explorer) em que o processador da Texas Instruments será substituído por um da Intel, muito provavelmente se valendo da expertise adquirida da parceira em wearables e chips potentes que consomem muito pouca energia, permitindo o desenvolvimento de produtos como o Edison ou o pendrive que roda Windows 8.1.
A ideia é fornecer um Google Glass que não seja tão comilão quando o atual, chegando próximo do MICA, um bracelete esperto de luxo equipado com o SoC Quark (também presente no Edison) cuja bateria dura até dois dias. Claro que ela é maior do que a presente nos óculos de Mountain View, mas ao ser equipado com processadores mais econômicos espera-se que sua autonomia ao menos dobre.
O último update do Glass foi a memória RAM, que dobrou para 2 GB. Espera-se que com isso o interesse no gadget por parte dos desenvolvedores volte, caso contrário não vejo um futuro tão promissor para ele.
Fonte: WSJ (paywall).