Ronaldo Gogoni 8 anos e meio atrás
E o que parecia um namorico resultou em casamento: a empresa espanhola Telefónica, dona da operadora Vivo acaba de anunciar (PDF) que fechou um acordo com o grupo francês Vivendi e adquiriu sua concorrente GVT, pelo valor nada modesto de R$ 22 bilhões.
A negociação, fechada em 7,24 bilhões de euros será paga em duas formas: a Vivendi receberá R$ 14,2 bilhões em dinheiro e o restante, R$ 7,1 bilhões em ações, ficando o grupo francês com 5,7% da Telecom Italia e mais 7,4% das ações da Telefónica Brasil (na prática a Vivo). O negócio já foi aprovado pelo conselho da Vivendi e agora só resta passar pelo aval pelas autoridades regulatórias brasileiras para que ele seja concluído.
O acordo será benéfico para a Telefónica, já que o CADE exigiu que a empresa retirasse sua representação da Telecom Italia, já que o grupo é dono da Vivo e detém 10% da TIM, com o acordo, a Vivendi ficará com um pedaço da operadora italiana e aliviaria sua barra devido a ameaça à livre concorrência (embora a Vivendi possa se complicar, já que ela possui assets da Vivo).
O único problema é imaginar o que isso significa para os clientes. Não é de hoje que a qualidade da GVT despencou e em muitos lugares a Vivo é a única operadora disponível (falo por experiência própria). Com a Telefónica passando a mão na GVT, temo que a política de expansão da companhia seja congelada, sem mencionar uma possível nivelação dos serviços com o MO da própria Vivo. Enfim é esperar e ver o que acontece, até porque a TIM está de olho na Oi exatamente para bater de frente com o Grupo Telefónica.