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Para Pachter, mercado do 3DS vai encolher e PS Vita morrerá lentamente

Analista compara Nintendo à Apple, prevê que o 3DS continuará vendendo (porém menos) e diz que o PS Vita está condenado

10 anos atrás

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E Michael Patcher ataca novamente. Como sua última análise de mercado sobre a Nintendo não foi nada favorável, ele voltou a tecer alguns comentários, desta vez focando no mercado de portáteis, que estaria encolhendo devido a concorrência com o cenário mobile. E apesar de fazer sentido até certo ponto ele não pegou leve, principalmente com o PS Vita.

Para Pachter, o declínio gradual que o mercado de portáteis enfrenta vem de alguns anos antes do lançamento do 3DS — o Nintendo DS, que apesar de ter vendido muito, chegando a 25 milhões de unidades por ano perdeu espaço para o mercado de smartphones, que evoluíram exponencialmente em um curtíssimo espaço de tempo. Tudo mudou no dia da apresentação do iPhone 4, quando Infinity Blade foi revelado: até mesmo Steve Jobs ficou surpreso, pois não esperava que o iPhone era capaz daquilo. De lá para cá o mercado de portáteis caiu para 15 milhões/ano, dividido com o PS Vita.

Pachter diz que a metade do mercado consumidor de portáteis migrou para o mobile porque jogavam casualmente, e entre gastar US$ 49 ou US$ 0,99 num game fica complicado concorrer. Mesmo que o hardware seja mais caro, a longo prazo é mais vantajoso dar um iPhone a uma criança e entuchar o aparelho de games casuais. O mercado de portáteis continuará em pé devido a games mais elaborados ou IPs próprias — e mesmo assim só gamers hardcore consumirão essas plataformas, pois Pachter diz que nenhuma criança preferirá o 3DS se for obrigado a escolher entre ele ou um smartphone, pois o primeiro não manda SMS. Em suma o 3DS continuará vendendo e se manterá como o líder em portáteis, mas seu market share tende a encolher.

Pachter ainda voltou a reforçar que a Nintendo deveria engolir a seco e disponibilizar suas IPs para iOS e Android, o que lhe renderia muita grana, porém ele não é idiota e sabe que ela não o fará. Sob seu ponto de vista a Big N é como a Apple, uma empresa de hardware cujo software é a atração. As pessoas compram iPhones pela interface, assim como gamers adquirem os consoles da Nintendo para jogar Mario, Zelda, Metroid, Donkey Kong e etc. E assim como Cupertino jamais lançará o Mac OS X para PCs da Dell ou licenciará o iOS para a Samsung, não veremos Super Mario 3D World no iPad. Só que o que funciona para a Apple não é o mais esperto a fazer no caso da Nintendo, dada a diferença na situação financeira de ambas.

Já o PS Vita não teve uma avaliação tão gentil. Para Pachter as vendas do portátil da Sony são horríveis, seu modelo de negócios aponta que ele só vendeu 4,2 milhões de unidades no último ano, e segundo o analista não dá para manter um produto com números tão baixos, afirmando que ele sofrerá “uma morte lenta e dolorosa”. Mesmo o marketing da Sony de jogar remotamente os games do PS4 não o ajudará, e foi taxativo: “a Sony não tem futuro no mercado de portáteis e ela não poderia fazer melhor (do que o Vita). O mercado é o que é por causa da Nintendo. Ela o construiu e é o sinônimo dele”. Pachter acredita que a Sony não calculou o tamanho do mercado e tentou a sorte, e desde então o Vita é esmagado tanto pelo cenário mobile no que tange ao casual quanto pelo 3DS, que possui três grandes títulos hardcore para cada um do Vita.

Eu acredito que o 3DS continuará vendendo bem, mas dizer que o Vita está condenado é um tanto exagerado. Ainda que ele de fato não venda muito bem, no último ano os números melhorar bastante tanto pela oferta da PS Plus quanto pela quantidade de games hardcore. Mas que ele precisa urgente de games de impacto de third-parties, disso não tenha dúvida.

Fonte: GI.

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