Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Nos últimos anos nós nos acostumamos com a seguinte fórmula: entre setembro e novembro temos uma nova versão de pelo menos quatro franquias: FIFA Soccer, Pro Evolution Soccer, Assassin's Creed e Call of Duty. No caso do último pela estratégia da EA e DICE em atualizar Battlefield apenas quando o game for o melhor possível, isso permite à Activision encher o burro de dinheiro todos os anos.
Há quem diga que a franquia rival deveria seguir o mesmo caminho e se atualizar anualmente, porém a DICE não pensa assim.
Em entrevista ao site VideoGamer, o produtor executivo Patrick Bach desmentiu os rumores acerca da possibilidade alegando um motivo bem simples: "nós não podemos fazer um game desses por ano".
"Vocês viram que no caso de Battlefield 3, não houve uma exigência de um jogo novo por ano. Vocês mencionaram o (pacote de expansão) Premium. Nós tivemos 18 meses e as pessoas ainda queriam mais. Agora já são quase dois anos e muita gente continua jogando. Então do nosso ponto de vista, as pessoas querem mais de Battlefield o ano todo".
Quando perguntado se o game poderia evoluir para uma plataforma fixa com atualizações pontuais (quase como um MMO), Bach disse que pode ser uma escolha acertada ou não, dependendo exclusivamente da audiência. Conhecendo o perfil dos jogadores de FPS que gostam de gráficos de última geração, tal estratégia seria um tiro no pé, pois engessaria o game numa engine por anos a fio.
Há de se levar em conta que Battlefield 3 foi muito fortalecido após o descontinuamento da franquia Medal of Honor, que teve vendas pífias em suas últimas incursões. Em todo caso, a DICE percorre um caminho totalmente diferente da Infinity Ward: ao invés de lançar um game voltado para um multiplayer dinâmico e divertido todo ano, ela prefere focar no realismo e entregar um game que se aproxime do que é uma guerra o máximo possível. E para alcançar esse nível, um ano é muito pouco tempo.
Fonte: VG.