j. noronha 9 anos e meio atrás
Crédito da imagem: reprodução.
Campo de concentração parece exagero mas não está longe da realidade, a diferença é que o jejum será de internet, não de comida, e não haverá tortura ou outras formas de maus-tratos.
Provavelmente.
O fato é que uma pesquisa realizada pela Universidade Nihon com quase 100 mil estudantes revelou que quase 8 mil, ou 8 %, eram patologicamente viciados em internet.
Desses 8 mil, 23 % apresentavam problemas para dormir e 15 % eram propensos a acordar subitamente no meio da noite.
O governo japonês acredita que pode haver até 500 mil estudantes do ensino médio e fundamental, entre 12 e 18 anos, com o mesmo problema. Para resolver isso, o ministério da educação está abrindo "campos de jejum" para "desplugá-los".
O ministério da educação planeja uma ampla pesquisa sobre o vício na internet para o próximo ano e já solicitou fundos do governo para programas de imersão destinados a afastar as crianças dos computadores, smartphones, tablets e games, em uma espécie de acampamento de verão.
A ideia dos "campos de jejum de internet" nasceu na China, país com maior número de usuários e onde os casos mais bizarros viram notícia, como o garoto de 14 anos que envenenou os pais por impedi-lo de jogar e outro que tentou suicídio por motivos similares.
O primeiro campo chinês foi aberto em 2004 em Pequim. É um campo militar onde os internados sofriam um tratamento de presidiários, com espancamentos que causaram até a morte de um dos "viciados". Porque China, né?
O programa japonês deve ser mais humano. Os estudantes participarão de atividades ao ar livre, como esportes em equipe e jogos, sem conexão com a internet.
Uma coisa é certa, cada vez mais estudos associam o uso em excesso da internet com desordens alimentares, problemas para dormir, depressão e baixo desempenho acadêmico. E um pouco de ar livre nunca fez mal a ninguém.
Fonte: Motherboard