Carlos Cardoso 15 anos atrás
Não tem choro nem vela. 30/7/2008, encerram-se as vendas de Windows XP avulso, em caixa, e versões OEM. Já os fabricantes poderão vender máquinas com ele pré-instalado até 31/1/2009. Isso enterra de vez os boatos de que o XP seria mantido vivo, em aparelhos (na verdade PCs) por mais alguns anos.
Ainda bem. Por mais que o Vista não tenha sido o sistema revolucionário que todos esperavam, voltar para o XP é burrice. Não se anda para trás. A estratégia me parece acertada. Mantém o XP para quem quer, oferece o vista pra máquinas novas e mais poderosas, e ao mesmo tempo lança rápido o Windows 7.
"Coloque o acordo no carrinho"
"eu não estou morto ainda!"
"como?"
"Ele não disse nada"
"Eu disse que não estou morto. US$33 por ação!"
O ciclo antigo, de 4, 5 anos entre um lançamento e outro hoje em dia é irreal. Até aqueles dois garotos em uma garagem que fazem o Ubuntu conseguem lançar versões mais rápido.
Isso significa mudança de metodologia e mais importante, mudança na cultura corporativa da Microsoft. Eu acho que conseguem. Vide a quantidade de excelentes programas pequenos que disponibilizam, como o Windows Live Writer. O detalhe aqui é que pela primeira vez a Microsoft abraçou o 2.0, está liberando betas para consumo e uso público, sem o "estigma" de uma versão ainda em desenvolvimento, que não deve ser usado em produção. Essa ser a exata definição de beta é irrelevante, foi atropelada pela Nova Internet.
A Microsoft conseguirá essa agilidade? Os usuários esquecerão o Vista e abraçarão o Windows 7? O Windows 7 será revolucionário e diferente, correspondendo aos anseios de todos? Herr Stallman deixará que seus arqui-inimigos se recuperem tão facilmente? Bill voltará no estilo Jobs trazendo o Windows Infinity, seu projeto pessoal todo programado em segredo? Será que os computadores em 2011 rodarão Crysis?
OK, a única resposta que tenho é pra última pergunta: Não.