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Blogs de "Download Alternativo": A Nova Face da Pirataria

16 anos atrás

Não é novidade, apenas uma constatação. A pirataria de software é muito rápida em adotar novas tecnologias e métodos para difundir software, com uma eficiência tamanha que rivaliza com um sistema de distribuição como o iTunes.

Um dos primeiros sistemas usados para distribuição de binários eram as Bulletin Board Systems (BBS) que com a chegada a web, continuaram de certa forma nos newsgroups. E continuam até hoje, como o famoso alt.2600 ou qualquer canal dentro de alt.binaries. Para encontrar praticamente qualquer coisa, basta assinar um serviço de usenet e literalmente terabytes de software, ilegal e legal, estarão ao seu dispor.

Mas nem todo mundo sabe usar a usenet e outro canal de distribuição, pré-P2P, foram e ainda são, os servidores de Internet Relay Chat (IRC), com seu cliente mais famoso, o mIRC. O problema é que não há interface gráfica e linhas de comando são necessárias para efetuar o download.

Depois temos a era dos servidores ftp ilegais, usando fóruns e chat como canais de comunicação. Comunidades se reuniam em torno de canais de distribuição, normalmente pegando dos newsgroups ou servidores ftp privados e distribuindo através de servidores invadidos e mal configurados ao redor do mundo.

Chegamos na era do Peer To Peer (P2P): eMule, Kazaa, Gnutella, BitTorrent, cada um com suas vantagens e desvantagens. Desses, o BitTorrent mostrou-se uma excelente protocolo de distribuição de conteúdo grande, com vários gigabytes, por não saturar um único servidor e dividir entre vários usuários, o conteúdo.

E agora temos uma moda que pegou de vez: Blogs + Megaupload / Rapidshare / Etc.

É um grande negócio: cobrar alguns dólares ou euros para hospedar e traficar, digo, trafegar, terabytes de arquivos. Basta fazer a cópia, subir via interface web e postar os links em fóruns e blogs. Simples, rápido e muito barato. E não há nem mesmo o traffic shaping cretino de provedores como Brasil Telecom ou Net Vírtua, pois o tráfego é feito pela web, porta 80 mesmo. Talvez seja por isso que eles estejam tão desesperados: não há como oferecer um serviço de qualidade, com esse volume de informação e alguma coisa precisava ser controlada. Conexão no Brasil ainda é muito mais cara que no exterior, principalmente por causa de impostos.

E o mais impressionante disso tudo é que todos eles ainda existem, mas esse último é o mais acessível de longe: basta usar o Google e saber o que digitar.

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