Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Geralmente quando uma empresa entra em dificuldades financeiras, ou sofre um revés devido um erro estratégico, uma das medidas preferidas dos executivos é mandar uma parte de seus funcionários pra rua de modo a cortar gastos. Que o diga a EA, onde o passaralho está pegando todo mundo. Entretanto, mesmo com os maus resultados do Wii U, a Nintendo não considera demissões em massa uma alternativa e o presidente da Nintendo Satoru Iwata explica por quê:
"Se reduzirmos os funcionários para obtermos resultados financeiros melhores a curto prazo, a moral dos funcionários vai cair. Eu sinceramente duvido que funcionários que temem por seus empregos possam desenvolver games capazes de surpreender as pessoas em todo o mundo."
Além disso Iwata criticou a posição normal das empresas que divulgam seus planos de reestruturação frente à dificuldades, e uma das medidas é invariavelmente o corte de pessoal:
"Na Nintendo, nossos funcionários fazem contribuições significativas em seus respectivos campos, então acredito que a demissão de um grupo de funcionários não ajudará a fortalecer a Nintendo a longo prazo".
Iwata lembrou que um dos motivos das perdas da Nintendo foi a valorização do iene frente ao dólar, além do fato dos games de hoje exigirem mais trabalho e dinheiro para serem produzidos. O fato é que a Nintendo é uma empresa japonesa até a medula, e muitas companhias de lá preferem deslocar um funcionário não produtivo para uma tarefa não essencial (em suma, ele não faz nada o dia inteiro) do que demití-lo, então imagine cortar pessoal que cria conteúdo relevante. O mais provável é que aconteça um corte de preço do Wii U, isso se Iwata e outros executivos não resolverem reduzir seus salários novamente.
Fonte: Polygon.