Carlos Cardoso 10 anos atrás
A rigor o que eles chamam de Cyber Café aqui a gente chama de Lan House, mas o conceito é o mesmo: um lugar onde você pode comer e beber e, ao mesmo tempo, acessar Internet pagando por hora. Durante muito tempo no Brasil a Lan House foi o grande popularizador da inclusão digital, mas hoje a classe C já se encaminha para seu segundo computador, e mesmo a classe D está se informatizando, diretamente com PCs ou através de celulares.
No Senegal a situação não é tão simples, a população ainda depende muito das lan houses. E com o agravante de as empresas sofrerem muito com dois fatores limitantes: o custo da energia elétrica é muito alto E ela não é confiável. As quedas de luz são constantes, o que queima equipamentos e atrapalha a vida dos clientes.
O escritório do Google em Dakar resolveu fazer uma experiência para acabar com isso: se ofereceu para bancar a transição do Equinoxe Cyber Cafe, uma lanráus da cidade no Tablette Café, trocando quase todos os PCs por tablets Android.
O resultado foi excelente. Os clientes conseguem tudo que usavam, como email, acesso web, Skype e jogos (na África CS em computador é coisa de n00b) e não sofrem com falta de luz. Muito provavelmente um nobreak segura o modem de banda larga, o resto é festa.
Curiosamente os tablets custam mais caro do que PCs, mas o dono do Cyber Café não está reclamando, os 15 tablets consomem 25x menos eletricidade do que os antigos computadores.
Uma idéia simples e eficiente, tomara que seja ampliada e repetida, também no Brasil. Dá para imaginar até iniciativas de lan houses volantes, uma Caravana Rolidei desbravando o sertão levando Internet aos desconectados.
Fonte: AFP.