Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Como eu disse antes, exclusividade é bom para o mercado de games, pois garante vantagens a uma ou outra plataforma e estimula a competitividade, pois títulos mais restritos que vendam bem podem significar a decisão entre esse ou aquele console por uma desenvolvedora. Mas segundo Ian Livingstone, presidente vitalício da Eidos a Nintendo deveria liberar suas valiosas IPs paraoutros consoles e dispositivos mobile.
Durante a abertura do evento Bristol Games Hub, Livingstone foi taxativo:
"A Nintendo deveria lançar suas IPs em todas as plataformas. Do contrário uma geração inteira de jovens não conhecerá seus games".
Err... que geração, sr. Livingstone? A mesma que consumiu 31 milhões de 3DS desde o lançamento (números de 31/03), sendo o portátil o console mais vendido durante a pré-venda da história?
Essa não é a primeira vez que ele alfineta a Nintendo. Livingstone já havia perguntado durante uma entrevista a Peter Molyneux que "se ele (Molyneux) fosse CEO da Nintendo não lançaria Mario para o iPad", ao que o controverso desenvolvedor confirmou. Ainda bem que ele não é, certo? 🙂
A Nintendo já enfrentou um questionamento desses internamente: em 2011 quando perceberam que a empresa fecharia no vermelho pela primeira vez em 30 anos, os acionistas em massa exigiram que suas IPs fossem lançadas para smartphones, de preferência para iOS. A resposta de Satoru Iwata foi enfática: "nem pensar".
"Se fizéssemos isso, deixaríamos de ser a Nintendo. Ter um grande time de desenvolvedores de hardware é nossa maior força. É dever da administração fazer uso dessa força".
O pior é que entra geração, sai geração, a Nintendo vai bem, a Nintendo vai mal, e esse assunto sempre vem à tona. Não é porque a Sega, outrora sua maior concorrente tenha se tornado uma softhouse que a casa do Mario fará a mesma coisa. Mesmo que a geração não seja tão vantajosa no mercado de consoles de mesa ela não irá desistir, afinal, há sempre os portáteis, setor onde ela NUNCA foi superada.
Fonte: The Escapist.