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Arqueólogos usam sistema robótico para desvendar um segredo de dois mil anos

Arqueólogos usam robôs para desvendar uma câmara subterrânea de dois mil anos na cidade de Teotihuacan.

11 anos atrás

Teotihuacan

A cidade pré-hispânica de Teotihuacan, situada a cerca de uma hora da cidade do México e tombada pela UNESCO, foi em sua época a maior cidade do mundo. Sua origem desafia os arqueólogos, que chegaram à conclusão que nenhum povo antigo conhecido a construiu; seus habitantes apenas desapareceram da história. Em seu auge ela teria sido um centro multi-étnico, abrigando Zapotecas, Mixtecas, Nahuas e Maias. Seu declínio ocorreu em torno do século VII, e quando Hernán Cortés chegou ela já estava semi-abandonada há séculos, mas os astecas se referiam àquele povo misterioso como "seus ancestrais".

Apesar disso ela nunca esteve absolutamente vazia, já que foi ocupada por outros povos e, mais recentemente, turistas e cientistas. Esses últimos encontraram lugares que nunca foram explorados, em especial uma câmara subterrânea  de quase dois mil anos de idade.

Em 2003, arqueólogos encontraram uma câmara abaixo do Templo da Serpente Emplumada que os pesquisadores acreditam que foi usada para cerimônias reais e  enterros, e cuja idade foi estimada em 1900 anos, o que o dataria como mais velho do que o Templo e a própria cidade, apesar do primeiro povoado datar de 600 AEC. A câmara foi selada intencionalmente pelos últimos habitantes de Teotihuacan, e para descobrir seu interior sem perturbá-la, arqueólogos do Instituto Nacional de Antropologia e História do México vão usar um conjunto robótico capaz de adentrar onde humanos não podem.

Primeira versão do Tlaloc prepara-se para entrar na câmara.

O conjunto, chamado Tlaloc-II, consiste de três pequenos robôs com funções distintas: o primeiro e maior se encarregará de levar os outros dois menores para o interior da câmara. Sim, ele é basicamente o "reboque". Uma vez lá dentro, o segundo robô ficará encarregado de analisar o interior. Já o terceiro é basicamente um drone: possui quatro propulsores e pode ficar suspenso no ar, enquanto captura imagens com sua câmera.

Tlaloc-II, o mais recente.

Versões anteriores ao Tlaloc-II foram testadas e já enviaram algumas imagens da câmara. Segundo relatos, elas mostram que o túnel foi revestido com símbolos de pedra, e que ele foi “posteriormente selado para guardar algo muito importante no final do duto da câmara principal.”

Imagem transmitida pelo Tlaloc-I.

O drone ainda está em fase de teste, então os arqueólogos simplesmente não fazem a menor ideia do que vão encontrar no fim da câmara, e por isso mesmo estão bem empolgados. Esperemos que não seja uma cobra gigante. 🙂

Fonte:  BLDGBLOG via Gizmodo.

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