Redação 15 anos e meio atrás
Eu odeio agulhas. Mesmo. Abomino. Quando vejo imagens de viciados com as veias em petição de miséria eu tremo. Meu sonho de consumo sempre foi uma tecnologia de Jornada nas Estrelas, onde uma hypospray aplicaria o medicamento sem dor. Na prática temos equipamentos que já aplicam sem agulha (e dói) ou a famosa pistola de vacinação, que dói muito. E as agulhas. Brrr.
Agora a HP está usando sua tecnologia de cabeças de impressão e desenvolvendo uma solução médica. O protótipo é uma peça de uma polegada quadrada, com 400 agulhas de 150 micrômetros de comprimento (1 micrômetro == 1 milésimo de milímetro), cada uma ligada a um reservatório de 1mm cúbico, podendo ser acionadas individualmente.
A idéia é que um chip no equipamento monitore a atividade vital do paciente, e reaja de acordo.
Aplicações futuras incluem uso militar. Imagine um sensor detectando uma arma química, e despejando atropina na corrente sangúinea do sujeito, outro detectando um trauma inesperado e inundando o organismo com morfina, ou um sensor que detecte perda de atenção e fadiga, e caso o soldado esteja em situação de combate, para protegê-lo são liberadas anfetaminas ou outros estimulantes.
Tudo de forma transparente e sem dor. Como cada reservatório pode ter uma droga específica, o equipamento pode ser versátil E barato, desde que não seja facilmente hackeável. Não deve ser interessante estar no trem apertado indo pra casa e um engraçadinho invadir os implantes de todo mundo e despejar Viagra na corrente sanguínea dos passageiros.
Via Technology Review