Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Tempos atrás o Cardoso postou o caso de uma tetraplégica que controlava um braço mecânico através de implantes cerebrais. Foi muito legal ver uma pessoa confinada a uma cadeira de rodas pelo resto da vida voltar a fazer uma coisa tão banal para nós que é segurar e comer sozinha uma barra de chocolate.
A pesquisa publicada hoje também é impressionante, mas inevitavelmente deixa um ar de Dr. Frankenstein na parada.
Em artigo publicado na PLoS One, pesquisadores criaram o que chamam de BBI (brain-to-brain interface, interface cérebro-a-cérebro), uma conexão à distância não-invasiva que consiste de um monitor de EEG e transmissores ligados à cobaia humana, enquanto que do lado do ratinho, ele fica preso a um transdutor que exerce pressão acústica diretamente sobre as áreas de interesse do cérebro do roedor (no caso, seu controle motor). Enquanto o voluntário olhava para uma luz estroboscópica, cada vez que ele demonstrava intenção de movimento ele movimentava o polegar (representado pelo ponto verde no vídeo abaixo); isso disparava um gatilho que era mandado para o receptor instalado no rato, que em 94% das vezes fazia com que o espécime movimentasse a cauda.
Num futuro não muito distante poderíamos inclusive assumir o controle motor de outros seres a uma grande distância. Parece assustador, e na verdade é mesmo.
Sério, vejam o vídeo:
Fonte: PS.