Yeltsin Lima 11 anos atrás
Nota do autor: aos amigos leitores que não curtem um texto extremamente pessoal, peço desculpas pelo artigo que vocês lerão (ou não). Todavia, não encontrei nenhuma outra forma de escrever sobre “os efeitos do jet lag” sem ligar diretamente com a minha experiência ocorrida nos últimos dias.
O jet lag é uma descompensação horária, uma fadiga de viagem provocada como consequência de uma viagem longa através de fusos horários diferentes e/ou diversos fusos horários. Os sintomas do jet lag são quase imperceptíveis para uma viagem no Brasil, tendo em vista que mesmo tendo três fusos horários, a diferença é de apenas uma hora: nossos fusos horários são UTC -4, UTC -3 e UTC-2. O UTC -3 é o oficial, ou seja, o horário de Brasília. O UTC -2 é o oficial no horário de verão e o UTC-4 é o fuso horário da Região Norte (Amazonas, Amapá, entre outros estados): a diferença seria de uma hora para cima ou uma hora para baixo, exceto em horário de verão que em determinadas regiões, a diferença poderá chegar a duas horas para cima.
O problema é quando a distância é enorme e os fusos horários também. Uma viagem de Los Angeles (só citarei mais esta vez, prometo!) para Miami demora cerca de cinco horas e a diferença são de três fusos horários para menos (UTC -8 para UTC -5). Como o máximo de tempo em que passei em fuso horário diferente foi de um mês, me “expor” a uma quase cinco meses de um fuso horário diferente e “mudar” tudo de um dia para outro provocou diversos efeitos “colaterais”. O mesmo ocorreu quando eu viajei de Miami para Recife, passando nos fusos horários UTC -5, UTC -4 e UTC -3 (lembrando que eu viajei no sábado, mas cheguei no domingo. E no domingo os Estados Unidos entrou no daylight, algo como o nosso “horário de verão”, aumentando uma hora em todos os fusos horários americanos).
Os sintomas percebidos são fadiga, insônia (muita), ansiedade, constipação, diarréia, confusão, desidratação, dores de cabeça, irritabilidade, náuseas, suor em excesso, problemas de coordenação, tontura e até perda de memória. Pessoalmente o que mais me incomodou foi a desidratação. Três dias após a viagem, ainda estou "um pouco" sofrendo com isso. A sede é quase incessante, lembrando diabetes (espero que não seja também!).
E existe também uma diferença se você viaja para o leste ou oeste, como pode ser observado na imagem acima.
Apesar de ser algo normal de se acontecer (eu nunca tive, até domingo), existem formas de prevenir e de ajudar o corpo a se adaptar (ou re-adaptar). Para ajudar ou minimizar os efeitos do jet lag, as dicas são:
Em 2010 foi falado de uma droga para minimizar os efeitos do jet lag chamada longdaysin, derivada da purina. O problema é que é quase impossível encontrar algo mais recente sobre a droga e o preço do composto custa R$ 478 para 5 mg. Outros estudiosos e médicos gostam do tasimelteon e a melatonina (hormônio produzido por diversos animais e plantas, inclusive nos humanos).