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Novidades no Mundo Encantado da Leica

11 anos e meio atrás

Quando vejo as novidades que a Leica coloca no mercado me sinto em um mundo encantado. Um mundo de quem tem muita grana. Só falta um coelho passar correndo dizendo que está atrasado. Nessa semana algumas câmeras foram anunciadas e, para variar, tudo é muito legal e o preço fica no nível Highlander. A primeira, e mais bacana, a ser mostrada  é conhecida apenas como Leica M. A câmera é bonita e baseada no design vencedor das rangefinders digitais da empresa, mas com algumas diferenças básicas. A Leica M é a primeira câmera ragefinder da empresa a vir com um sistema Live View e poder gravar vídeos em Full HD com 1080 linhas a 25 ou 24 fotogramas por segundo. Sim, meu amigo, esses são recursos que já existem nas câmeras reflex mais baratas e a Leica ainda não tinha incorporado em seus equipamentos. E as novidades não param por ai. A câmera está equipado com o novo sensor Leica MAX CMOS de 24 megapixels e o novo processador chamado de Maestro. Até recentemente, os sensores das rangefinders da Leica eram feitos pela Kodak que, infelizmente, naufragou. Em vez de confiar em sua parceria com a Panasonic, a empresa decidiu investir na produção de seu próprio sensor. Fechando as novidades, a câmera também é compatível com um o View Finder eletrônico chamado Visoflex desenhado para a Leica X2 e o visor LCD da câmera possui 920 mil pixels com revestimento Gorilla-Glass. Agora a parte que dói na alma. A câmera deve chegar na prateleira das lojas custando apenas US$ 6.950,00. Um valor singelo.

Outra novidade é a rangefinder batizada de M-E. Segundo a firma germânica ela deve ser a rangefinder mais barata que estará a venda no mercado. Pelos padrões deles, é claro. A câmera chega com um sensor CCD de 18 megapixels que, segundo informações publicadas em blogs europeus, é o mesmo que se encontra na Leica M-9. Ela mantém a elegância dos equipamentos da Leica e traz como características principais a velocidade ISO entre 160 e 2.500, o visor TFT de 2,5 polegadas, velocidade de obturador de 1/4000 até 240 segundos no modo B, compatibilidade com cartões SD/SDHC e arquivos RAW em DNG sem compressão. A Leica M-E vai estar disponível no final do mês ao custo de US$ 5.450,00.

A empresa também mostrou para seus fãs a nova Leica S. Segundo o press release oficial a câmera chega com uma nova ergonomia, a mesma definição de 37 megapixels, porém com uma melhora significativa na qualidade do sensor (menor ruído e maior range dinâmico) e o visor LCD passa a ser de 3 polegadas com revestimento Gorilla-Glass. A câmera também vai entregar ao usuário um GPS integrado e um novo buffer de 2GB. A Leica garante que a velocidade de transferência de arquivos suportada chega a 166 MB/s. Junto com a câmera chegam ao mercado três novas lentes. São elas as Leica Super-Elmar-S 24 mm f/3.5 ASPH , a Leica Vario-Elmar-S 30-90mm f/3.5-5.6 ASPH e a  Leica TS-APO-Elmar-S 120 mm f/5.6 ASPH. A câmera deve chegar só em dezembro e não existe indicação do preço, mas não esperem nada menos do que US$ 20.000,00.

Câmeras bacanas por preços elevados. Sempre achei a Leica o Macintosh do mundo da fotografia. Bonitas, bem desenhadas e um sonho distante para a maioria das pessoas. Mas, e a qualidade valeria todo esse investimento? Inquestionável que a ótica Leica é uma das melhores do mundo, mas na Era da fotografia digital existem outros componentes, como o sensor, que também fazem diferença. As primeiras experiências com rangefinders digitais mostraram câmeras caras que poderiam, e deveriam, ser bem melhores. Agora a empresa está correndo atrás de corrigir esses pequenos problemas, mas mesmo não sendo perfeita, ainda estamos falando de uma Leica.

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