Carlos Cardoso 11 anos atrás
Vou contar um segredo: Eu odeio falar ao telefone. É algo que interrompe, me torna monotarefa, faz com que a gente responda sem pensar e no final de tudo sempre termina com “ok, então te mando um email explicando tudo”. Manda o diabo do email logo, pô.
Vendo a pesquisa da O2, percebo que não sou o único. Em média usuários de smartphones ingleses gastam 2h por dia futucando seus aparelhos, e a utilização foi detalhada assim:
Atividade | Tempo Diário (minutos) |
Navegar na Internet | 24.81 |
Redes Sociais | 17.49 |
Jogos | 14.44 |
Música | 15.64 |
Chamadas de voz | 12.13 |
Ler/Escrever emails | 11.1 |
SMS | 10.2 |
Assistir filmes e TV | 9.39 |
ebooks | 9.3 |
Tirar fotografias | 3.42 |
Total | 128 |
A pesquisa também trouxe outros resultados interessantes:
Olhando rápido parece decepcionante, atividades como fotografia e email deveriam ocupar mais tempo, não?
Não. Pense bem: São coisas rápidas, agilizadas ainda mais pelo incômodo que é escrever em um celular. Tirando alguns fanáticos, ninguém escreve tratados em um iPhone. Mais ainda: São atividades que antes não fazíamos no celular.
Note, não estou defendendo a tal convergência, que seria o oposto do que o Marcel descreveu neste texto aqui. EU não gosto da idéia de substituir todos os gadgets por algo mágico que faça de tudo um pouco, mas como muito de ter algo que funcione para uso casual.
No auge da fase nerd eu andava com mais gadgets que o Batman, não usava nada e quando deixava um em casa, era justamente o dia de precisar dele (maldito Murphy). Com o smartphone tenho flexibilidade e portabilidade, o ganho sem dúvida compensa.
Claro, se for fazer uma cobertura completa, levo a máquina fotográfica e a filmadora, mas para uma coletiva simples, cheguei a levar apenas o iPhone o teclado Bluetooth.
Não considero a convergência como assassina do gadget isolado, exceto nos casos onde o gadget é sumariamente subutilizado. Acho que o grande erro é tentar apontar assassinos e restringir os usos, ao invés de usar as ferramentas mais adequadas a cada situação, pouco importante se é convergência, divergência, redundância ou outro rótulo criado por gente chata obradora de regra.