Rodrigo Ghedin 12 anos atrás
Com uma vasta comunidade de 72 milhões de usuários, o Babylon, programa de traduções lançado em 1997, continua referência em sua área. Hoje, foi lançado o Babylon 9, última versão do programa que traz, como principal novidade, a habilidade de ler conteúdo traduzido de idiomas como inglês, alemão e francês, dentre outros.
Além do software, porém, os desenvolvedores do Babylon estão investindo pesado num site de perguntas e respostas, ou como os mesmos o classificaram, num "Quora dos idiomas". O objetivo é fazer com que a comunidade em torno do programa se ajude mutuamente, oferecendo respostas a perguntas, tudo UGC (conteúdo gerado pelos usuários).
Estranhamente, no momento em que escrevo esse texto a área do novo serviço, acessível via http://community.babylon.com/, encontra-se indisponível. O cache do Google, porém, nos permite ver de perto como a coisa funciona(rá?).
O funcionamento não é nada do outro mundo, é como qualquer outro site de Q&A. Há uma listagem de perguntas recentes (com filtros para diversos de idiomas), login via Facebook, mapa localizando algumas questões e ranking dos que mais ajudam.
Perguntas e respostas no Babylon.
Depois que o Quora ascendeu ao público mainstream, sites de perguntas e respostas, sinônimos de avacalhação liderados pelo Yahoo! Respostas, ganharam nova roupagem e despertaram novamente o interesse de desenvolvedores e investidores. Além do Quora, a reformulação do Ask.com foca bastante nesse modelo. O próximo passo dessa evolução, da qual o Babylon faz parte, são sites com orientação bem específica, diferenciando-se dos modelos generalistas propostos pelos conhecidos até então.
Num post recente no TechCrunch, Vivek Wadhwa, diz que acha exagerado o hype em torno do Quora, direciona suas previsões para a segmentação desse tipo de serviço. Logo, não será espantoso se, daqui para frente, surgirem sites de perguntas e respostas sobre temas bem específicos. Os que já existem, como o Stack Overflow, são bem sucedidos, e a tendência é que se sobressaiam ante os de cunho abrangente. Com foco delimitado, é mais fácil juntar pessoas especializadas e interessadas e, com elas, moldar uma comunidade forte e ativa.
Em última análise, esse efeito já é notado há anos nas comunidades do orkut. Muita gente ainda mantém sua conta e acessa a decadente rede social da Google justamente por causa da organização e especialização de certas comunidades.