Meio Bit » Games » Sim, está na hora de um Sonic RPG

Sim, está na hora de um Sonic RPG

Chefe do Sonic Team diz que tem pensado que lá se vão mais de 30 anos sem que tenham criado um Sonic RPG e que espera fazer tal jogo algum dia

11/07/2024 às 8:54

Desde o lançamento do primeiro jogo, há mais de três décadas, o ouriço azul da Sega já se aventurou por muitos gêneros. Corrida, esportes olímpicos, lutas, pinball e até mesmo jogos educativos. Porém, existe um estilo que o atual chefe do Sonic Team ainda espera aproveitar o personagem: RPG!

Crédito: Divulgação/Sega

Mesmo tomando cuidado para não parecer que estava fazendo um anúncio, ao conversar com o pessoal do podcast Good Vibes Gaming, Takashi Iizuka revelou seu desejo de produzir um jogo nesse estilo usando a principal mascote da empresa.

“Pessoalmente, gosto de role-playing games,” disse ao ser questionado se a Sega poderia criar um Sonic RPG. “O formato dos RPGs é muito divertido e até pensei comigo, ‘sabe, nos últimos 30 anos não fizemos um Sonic RPG’ e estou me questionando, ‘porque não fizemos um Sonic RPG durante todo esse tempo? Como chegamos a 30 anos sem um RPG?’”

Na sequência, Iizuka reforçou a vontade, mas colocou um pouco de água na fervura. “Então, espero trabalhar em um Sonic RPG em algum momento antes de me aposentar da Sega, mas sabe, isso é apenas um sonho no momento, não há planos concretos neste momento,” garantiu.

Crédito: Reprodução/Jonathan Truong/ArtStation

A ideia de um jogo do Sonic com um ritmo mais lento pode parecer estranha, mas alguns experimentos já mostraram que uma aventura do personagem pode funcionar mesmo com as batalhas acontecendo por turnos. Um exemplo é o Sonic the Hedgehog: Brutus, projeto em desenvolvimento por fãs e que nos coloca em um jogo que parece ter saído direto do Mega Drive.

Outra boa homenagem atende pelo nome Final Fantasy Sonic X:Ep6, jogo que pode ser aproveitado no navegador e que impressiona pela qualidade das animações. Com o investimento adequado, tempo e uma equipe maior por trás, acredito que ele poderia render uma experiência bem interessante.

Porém, quando se trata de jogos produzidos pelos fãs, nenhum chamou tanto minha atenção quanto o Sonic Robo Blast 2: Persona. Servindo como uma fusão entre o ouriço e o terceiro jogo da série mantida pela Atlus, ele serve como uma bela demonstração de como a criatividade da comunidade pode render jogos legais.

Mas não pense que a investida do Sonic no mundo dos RPGs aconteceu apenas pelas mãos de apaixonados fãs. Em 2008 a BioWare lançou para o Nintendo DS o Sonic Chronicles: The Dark Brotherhood e como o estúdio era conhecido pelos ótimos RPGs que produzia, a expectativa que se formou por aquele título foi grande, mas não totalmente correspondida.

Com a crítica especializada lhe dando uma média de 74 pontos, as reclamações recaíram principalmente sobre a simplicidade da jogabilidade e o baixo nível de dificuldade. No geral, a impressão foi de que o jogo era voltado para um público mais novo e isso pôde ser visto nas lojas.

Embora o número exato de cópias vendidas não seja conhecido, o site VGChartz fala em apenas 880 mil em todo o mundo. Mesmo que ele represente menos que a realidade, essa quantidade de vendas o deixa atrás, por exemplo, do Sonic Unleashed, Sonic the Hedgehog (2006) e Sonic the Hedgehog 4: Episode I.

Além disso, com um pouco de boa vontade também podemos dizer que em dois jogos o Sonic Team se aproximou dos RPGs. O primeiro deles foi a tentativa de levar o personagem para as três dimensões, com o Sonic Adventure para Dreamcast. Ali já podíamos ver a paixão de Takashi Iizuka pelo gênero, afinal, foi ele quem dirigiu a produção.

Crédito: Divulgação/BioWare

Vários anos depois, foi a vez de experimentarmos um jogo que adotaria ainda mais elementos dos RPGs, o Sonic Frontiers. Nesse, Iizuka assinou como produtor e por mais que não se trate de um típico JRPG, com batalhas por turnos ou uma enxurrada de textos e cenas não-interativas, muitas pessoas notaram semelhanças com outro título produzido no Japão, o The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

De qualquer forma, é realmente curioso pensar que a Sega não apostou mais pesadamente em levar aquele que se tornou a cara da empresa para o campo do JRPGs. Do outro lado do muro, lá em 1996 a Nintendo já mostrou que poderia aproveitar sua principal mascote no gênero, com o lançamento do Super Mario RPG. E a aposta deu tão certo, que depois o mundo veria o encanador estrelar vários outros jogos assim.

Quem sabe um dia vejamos o Sonic aparecendo em algo tão bom quanto os vários ótimos RPGs estrelados pelo Mario? Não custa sonhar, mas confesso que o tratamento que o ouriço recebeu durante vários anos me deixa cético quanto a isso.

Fonte: GamesRadar+

Leia mais sobre: , , , .

relacionados


Comentários