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Scopely, uma das 100 empresas mais influentes do mundo

Revista Time divulga sua lista com as 100 empresas mais influentes e a pouco conhecida Scopely é apenas uma das duas diretamente ligadas aos games

05/06/2024 às 10:12

Você conhece a Scopely? Se a resposta for negativa, tudo bem, mesmo entre as pessoas que acompanham a indústria de games é comum encontrarmos quem não conhece essa desenvolvedora, mas considerando o tamanho que ela está adquirindo, provavelmente seu nome ainda deverá ser muito falado pelos próximos anos.

Monopoly Go! - Scopely

Crédito: Divulgação/Scopely

Fundada em 2011 por Ankur Bulsara, Eric Futoran, Eytan Elbaz e Walter Driver, quatro anos depois a Scopely apareceu na nona colocação de uma lista com as 5 mil empresas com crescimento mais rápido nos Estados Unidos, um indício do que estava por vir.

Nos anos seguintes a companhia investiu na aquisição de outras empresas, incluindo a Game Show Network, que pertencia à Sony, em um negócio que girou na casa de US$ 1 bilhão. Porém, foi a sua venda que chamou a atenção de muita gente, já que em 2023 o Savvy Games Group aceitou pagar US$ 4,9 bilhões para passar a controlar a Scopely.

Mas o que tornou essa empresa tão grande, a ponto de a revista Time tê-la incluído em sua tradicional lista das 100 empresas mais influentes do mundo? Pois a resposta pode ser resumida em apenas duas palavras: Monopoly Go!

Reproduzindo o jogo de tabuleiro que aqui ficou conhecido como Banco Imobiliário, o título para dispositivos mobile se transformou em uma enorme máquina de imprimir dinheiro. Mesmo distribuído gratuitamente, o título lançado em abril de 2023 precisou de apenas dez meses para arrecadar US$ 2 bilhões, fazendo dele o maior sucesso do ano para smartphones e tablets.

Crédito: Divulgação/Scopely

E para chegar a um faturamento tão impressionante, a Scopely investiu pesado na divulgação do seu jogo. Segundo declaração do vice-presidente de publicações da empresa, Eric Wood, o custo com marketing e aquisição de novos jogadores girou por volta de US$ 500 milhões, quantia que seria superior ao que a Sony gastou para produzir dois dos seus maiores jogos, o The Last of Us Part II (US$ 220 milhões) e o Horizon Forbidden West (US$ 212 milhões).

Mas de acordo com a descrição feita pela Time, o sucesso alcançado pelo Monopoly Go! não pode ser creditado apenas a algumas centenas de milhões de dólares. Na página dedica à  empresa, a revista disse o seguinte:

“A desenvolvedora de jogos mobile gastou por volta de sete anos, cerca do dobro do tempo esperado, para aperfeiçoar o jogo gratuito que agora tem mais de dez milhões de jogadores ativos diariamente. ‘Foi uma jornada de descobrimento,’ disse o co-CEO Javier Ferreira, observando que a empresa abandonou algumas versões iniciais que ‘não achava que estavam realmente entregando toda a promessa da propriedade intelectual.’”

Monopoly Go! - Scopely

Crédito: Divulgação/Scopely

Quem comemorou a presença na lista foi o outro CEO da Scopely, Walter Driver. “Estamos imensamente orgulhosos desta homenagem, que não apenas reconhece o quão longe chegamos e o que a nossa fantástica equipe de Scopeleans alcançou, mas também destaca o amor duradouro pelas experiências de jogo que conectam pessoas ao redor do mundo,” declarou o executivo. “Acreditamos que a vida é melhor quando jogamos juntos, então pretendemos inspirar milhões de jogadores ao redor do mundo a jogar todos os dias, criando comunidades e amizades que durarão por muitos anos.”

Pois não duvido dessas palavras, mesmo porque, quanto mais pessoas experimentarem o Monopoly Go! e principalmente, permanecerem dedicando seus tempos a ele, maiores serão as chances de o seu faturamento aumentar.

Crédito: Divulgação/Epic Games

Quanto a ser indicado pela Time, pode parecer apenas uma massagem no ego dos desenvolvedores, afinal, quem não gostaria de figurar ao lado de gigantes dos mais variados setores, como Google, Nvidia, BYD, TikTok, Nubank ou Airbus? Mas no caso da Scopely, existe um detalhe que torna sua indicação ainda mais impactante.

Acontece que além dessa desenvolvedora dedicada aos jogos mobile, apenas mais uma empresa diretamente ligada ao mundo dos jogos eletrônicos foi escolhida pela Time, a Epic Games. Embora muitas vezes lembremos dela pelos jogos que produz ou pela loja que ousou desafiar o Steam, a revista focou em outro aspecto para apontar a companhia fundada por Tim Sweeney como uma das mais influentes nesta edição da lista.

“Durante anos a Epic Games, criadora do amplamente popular jogo Fortnite, tem lutado com a Apple e o Google por uma fatia maior da economia de aplicativos. A desenvolvedora privada de jogos e softwares entrou com uma ação judicial contra as gigantes da tecnologia, argumentando que suas lojas de aplicativos foram construídas em torno de políticas monopolistas [...]. Mas a Epic quer mais do que apenas mais receita das duas lojas dominantes; ela planeja lançar sua própria loja de aplicativos para dispositivos Android e iOS até o final deste ano, com o objetivo de oferecer aos desenvolvedores de jogos uma melhor divisão de receitas e cobrar comissões mais baixas.”

Crédito: Divulgação/Epic Games

A descrição feita pela Time cita ainda o fato que em fevereiro deste ano a Disney adquiriu US$ 1,5 bilhão em ações da Epic, investimento apontado como o maior que a empresa já fez no ramo de videogames.

Sem querer iniciar uma competição aqui, até porque acho que ambas possuem sua importância, mas entre uma empresa que tem buscado tornar o faturamento das outras maior e uma que se destacou pelos bilhões que sua criação arrecadou, não tenho dúvida sobre qual delas considero como a influência mais relevante.

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