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Polycade Sente, o sonho de qualquer fã de fliperamas

Conheça o Polycade Sente, um "fliperama moderno" que usa um bom sistema de emulação, que será desejado por todos, mas infelizmente custa uma pequena fortuna

24 semanas atrás

Se você cresceu nas décadas de 80 ou 90 e gostava de videogame, é provável que um dos seus sonhos fosse ter um fliperama. Vistas na época como o que existia de mais avançado nos jogos eletrônicos, aquelas máquinas fascinavam todos nós e embora tenham entrado em extinção, ainda figuram na lista de desejo de muita gente. A diferença hoje é que, se você tiver bastante dinheiro sobrando, poderá matar essa vontade com algo como o Polycade Sente.

Polycade Sente

Crédito: Divulgação/Polycade

Produzido por uma empresa fundada em 2015 e que se especializou em produzir arcades modernos, o Polycade Sente teve sua campanha de financiamento coletivo iniciada recentemente e até o momento da publicação desta matéria, já havia arrecadado quase US$ 2 milhões.

Mas o que esse aparelho traz de tão diferente, você pode estar se perguntando. Bom, para começar, ele foge um pouco do padrão dos gabinetes de antigamente, precisando ser preso na parede e ocupando muito menos espaço que aqueles trambolhos que me acostumei a ver nos botecos quando era moleque, podendo servir ainda como um belo objeto decorativo.

Além disso, o Polycade Sente será construído de maneira modular. Isso quer dizer que várias partes poderão ser modificadas de acordo com o desejo do proprietário. Com isso os interessados poderão adicionar uma marquee sobre o gabinete, colocar porta copos, substituir as alavancas por volantes e isso só para citar algumas possibilidades.

Segundo a fabricante, esse sistema de painéis trocáveis nasceu há alguns anos, ainda para o carro-chefe da empresa, o Polycade Lux, mas devido ao alto custo de produção daquele gabinete, a ideia precisou ser arquivada. Aliás, um dos principais diferenciais do Sente é justamente o seu valor, que começa em US$ $1.475. É caro? Sem dúvida, mas ainda assim é um investimento bem inferior aos mais de US$ 5 mil pedidos pelo seu irmão mais velho.

Crédito: Reprodução/Dori Prata

Contudo, pela versão mais barata a pessoa levará apenas o gabinete, controles e monitor, sem o equipamento necessário para jogar. Caberá então ao comprador montar o fliperama com um console ou mesmo um computador e neste caso, entra outro recurso muito interessante, o Polycade Arcade Gaming Software, ou simplesmente, AGS.

Distribuído gratuitamente e tendo o RetroArch como base, esse sistema traz diversos emuladores para serem usados não só com o Polycade Sente, mas com qualquer computador que você tenha a disposição. De fácil instalação e configuração, o AGS possui uma interface limpa, além de contar com uma loja própria para a aquisição de jogos e de poder ser inicializado junto com o Windows.

Porém, o que mais gostei deste sistema foi ele ter reconhecido os jogos que possuo no Steam e GOG, tornando-os acessíveis sem dificuldade. Por contar com suporte a diversos emuladores, esse é um programa que eu usaria tranquilamente numa máquina montada para jogos e só lamento não haver uma versão dele para o Raspberry Pi.

Quanto ao Polycade Sente, seu preço é certamente aquilo que impedirá as pessoas que sempre quiseram ter um fliperama em casa e nem estou falando de nós, pobres brasileiros, que por sinal nem constamos na lista de envio — para a Argentina o frete fica em US$ 316! Porém, gostei tanto da ideia de um gabinete assim, que neste momento estou aqui elencando motivos racionais para não copiar a ideia e fazer um por conta própria.

Entre as maiores dificuldades estão o fato de eu não possuir uma TV nem um computador sobrando, sem falar em como faria para montar um sistema de controles arcade. Sei que com um pouco de pesquisa, paciência e dedicação eu poderia descobrir como fazer isso e até tenho um lugarzinho na sala de casa em que ele ficaria lindo.

Contudo, mesmo colocando a mão na massa, essa seria uma brincadeira que não sairia barato e que sei que, no fim das contas, resultaria num aparelho que ficaria ocioso pela maior parte do tempo. Agora, que o negócio chamaria a atenção de qualquer pessoa que visitasse a minha casa e que geraria bons momentos de diversão, não tenho a menor dúvida.

O bom é que a vontade de fazer uma loucura dessa passa e por isso me limitarei a aproveitar os bons e velhos jogos para fliperamas apenas com um controle arcade simplesinho que tenho aqui. Para quem contava as moedinhas do lanche ou desviava o troco do pão para jogar uma partidinha entre sujeitos mal-encarados em algum bar perto de casa, acho que já está muito bom.

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