André Fogaça 4 anos atrás
Pouco a pouco, mais ou menos como resposta aos braços da Huawei em smartphones e outros produtos por aqui, a Xiaomi vem voltando para o Brasil. Ainda com ajuda da DL Eletrônicos, a empresa chinesa trouxe mais dois smartphones pra cá e eles são os intermediários Redmi Note 8 e Redmi Note 8 Pro que custam a partir de mais dinheiros do que você esperava.
Os dois modelos são da linha Redmi, que antes era apenas uma linha e agora fazem parte de praticamente uma marca nova e que nasceu da Xiaomi, ainda pertencendo ao seio familiar chinês. É confuso, ao ponto de não ter “Xiaomi” ou “Mi” impresso no corpo de nenhum dos dois lançamentos de hoje.
O primeiro da dupla é mais simples, mas mesmo assim chama atenção pela beleza da parte traseira que faz a luz “dançar” em cores diferenciadas (sério, eu achei bem doido e acho que a concorrência deveria fazer parecido), além de deixar claro que sabe olhar com quatro sensores, mas que só três são utilizados pelo usuário de forma ativa.
A câmera principal é tradicional, sem firulas e com 48 megapixels de resolução, enquanto a segunda é uma ultrawide com a ideia pouco inteligente de apenas 8 megapixels (se ela mostra mais cena, precisaria de mais resolução pra não perder detalhes). Já a terceira é uma lente pra fotos macro em até dois centímetros, mas que tem apenas 2 megapixels, enquanto que a última é utilizada apenas pra medir o fundo e entregar o efeito bokeh com mais precisão.
A tela é de 6,3 polegadas, com resolução Full HD+ e ele tem notch em forma de gota que deixa uma borda inferior grande o suficiente pra Xiaomi enfiar o nome “Redmi” pra você sempre ver, sempre e todos os dias. Vai que você esquece qual é a marca do celular que comprou/ganhou né?
Por dentro há um Snapdragon 665 que trabalha junto de 4 GB de RAM e opções de 64 GB e 128 GB de espaço interno. A bateria é de 4.000 mAh, há carregamento rápido de 18 watts já na caixa e o Android que roda por aqui está na versão 9.0, abaixo de uma camada profunda de modificação e que é típica de aparelhos chineses.
Subindo na escada da hierarquia de hoje o Redmi Note 8 Pro é mais um smartphone que utiliza o nome “Pro” pra justificar mais recursos em quase que o mesmo modelo. Ele tem o corpo em vidro curvado na parte traseira e sem as cores doidonas do Redmi Note 8, com as câmeras voltadas pro meio deste local e que são mais chamativas.
Nele o sensor principal tem 64 megapixels (!), com um ultrawide, macro e de profundidade que seguem exatamente a mesma receita de função e resolução do Note 8 dos parágrafos acima. A tela é maior, com 6,5 polegadas, mas mantendo a mesma resolução e notch em formato de gota.
O processador muda e ganha fôlego com um Helio G90T, que é a variante da Mediatek com foco em jogos. Ele traz núcleos mais poderosos, mesmo que com o mesmo clock de 2 GHz, só que com um sistema de resfriamento mais eficaz do que seu irmão menos poderoso.
A RAM salta pra 6 GB e as opções de espaço interno continuam as mesmas, assim como a versão do Android e customização pesada na interface e em tudo do sistema operacional. A bateria sobe pra 4.500 mAh, que pode significar duas coisas: mais bateria pra Mediatek beber nas refeições do dia ou uns minutos extras de jogatina mesmo.
Os dois modelos chegam hoje (8) ao Brasil na loja online da fabricante, custando:
Existem configurações com 128 GB para ambos os modelos, mas a DL não informou os preços oficiais destas versões. O Redmi Note 8 será vendido nas cores preta, azul e branca, enquanto que o Redmi Note 8 Pro vem em verde, cinza e branco que quer muito ser azul claro.
Ah, nos dois modelos a importadora colocou um preço promocional de R$ 1.299 no Redmi Note 8 e R$ 1.799 para o Redmi Note 8 Pro, mas apenas em 150 unidades que serão vendidas exclusivamente na loja online.
Junto dos lançamentos, a DL firmou parceria com a operadora Vivo e isso é um passo extremamente importante na capilaridade dos produtos pelos rincões do Brasil (eu amo esse termo). Os smartphones serão vendidos nas lojas físicas da operadora, junto de alguns produtos como câmeras inteligentes, sensores e produtos para casa conectada.
O Meio Bit perguntou para a DL quais são estes produtos extras, mas a DL preferiu não abrir a lista. A importadora brasileira apenas disse que são muitos e que em breve eles estarão nas lojas, junto dos celulares.