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Fable poderia ter sido um jogo muito diferente

Funcionando mais como uma batalha entre magos, Wishworld foi o ambicioso jogo que acabou dando origem ao Fable, mas que nunca saiu do papel.

5 anos atrás

Os bastidores do desenvolvimento de games costuma ser um assunto fascinante, com as equipes envolvidas muitas vezes tendo quer abrir mão de ideias ou até alterando completamente aquilo em que trabalharam por um bom tempo. Pois foi justamente isso o que aconteceu com o Fable, projeto que muitos imaginavam ter nascido como Project Ego, mas que antes disso vinha sido chamado internamente como Wishworld.

A história sobre a produção do game foi levantada pelo excelente canal People Make Games, que ao conversar com um dos idealizadores do projeto, Dene Carter, descobriu que o conceito inicial era ainda mais ambicioso do que aquilo que viemos a conhecer em 2004.

Em Wishworld assumiríamos o papel de um mago que, após passar pelo treinamento em uma escola, seria jogado em um mundo “em branco”, com o ambiente ao seu redor sendo criado de acordo com aquilo em que nos especializamos. Assim seriam gerados vulcões, rios, florestas, montanhas e lagos, além de podermos invocar criaturas dependendo do elemento que tivermos escolhido.

A parte das criaturas é possivelmente a mais interessantes, já que elas nos ajudariam nas batalhas. Um exemplo citado por Carter fala sobre o jogador criar tritões e espíritos baseados na água para combater uma erupção vulcânica que está acontecendo bem longe. Conforme nossa força evoluiria, seria possível fazer com que esses seres se tornassem cinco vezes maiores do que o normal e assim serviriam como montarias e uma ótima “máquina de guerra”.

No vídeo abaixo podemos até ver alguns trechos do antigo jogo e por se tratar de uma versão bem preliminar do desenvolvimento, os gráficos estão longe de chamar a atenção. Mesmo assim, quem jogou o Fable certamente notará a semelhança na parte visual e imaginar o que poderia ter sido do projeto caso ele tivesse seguido por aquele caminho. Teria sido o Wishworld melhor do que o jogo que se tornou um dos símbolos do primeiro Xbox?

Enfim, o fato é que a Lionhead não conseguiu convencer uma produtora de que aquele título merecia ser criado e após Dene Carter e sua equipe se unirem a Peter Molyneux, a ideia foi refinada até dar origem ao tal Project Ego. Logo depois a Microsoft decidiu que valia a pena investir no desenvolvimento e garantiu a exclusividade (nos consoles) de um jogo com ótimas ideias.

Por falar nisso, eu nunca entendi muito bem o motivo para algumas pessoas odiarem tanto o Fable. Tudo bem, ele pode não ter entregado tudo aquilo o que o Molyneux prometeu, mas ainda assim adoro a maneira como o jogo nos dá um bom nível de liberdade e considero muito legal ver como o mundo passa a reagir às nossas ações. Deu até vontade de ligar o Xbox One e voltar a jogar a versão remasterizada daquele clássico.

PS: de acordo com um rumor que vem circulando pela internet desde o ano passado, o Fable 4 estaria sendo produzido e o seu anúncio poderá acontecer nos próximos dias, durante a E3. Como a Lionhead teve suas atividades encerradas em 2016, especula-se que o desenvolvimento estaria nas mãos da PlayGround Games, estúdio mais conhecido pela série Forza Horizon e que estaria procurando profissionais para trabalhar na criação de um RPG de mundo aberto.

Fonte: GameInformer.

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