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Como Marissa Mayer afundou o Yahoo! e puxou o próprio tapete

Situação difícil em que Marissa Mayer se encontra no Yahoo! hoje foi causada por ela própria, ao não cumprir exigência da Starborard de reduzir gastos

8 anos atrás

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Créditos: Vogue

O tempo está acabando para o Yahoo! e consequentemente para sua CEO Marissa Mayer. A executiva não só não conseguiu colocar a empresa nos trilhos como sua administração vem sendo classificada como catastrófica. Há quem a coloque no mesmo patamar de Carly Fiorina, o flagelo da HP.

O Yahoo! está em vias de ser vendido, e tudo indica que Mayer levará o tão adiado pé na bunda tão logo o negócio seja concluído. E se antes já haviam indícios de que a própria executiva-chefe era a principal culpada por esse desfecho infeliz, um recente artigo do WSJ aponta para mais evidências das decisões nada sábias de Mayer.

Eis a trama: segundo o site a Starboard Venue, um dos principais investidores do Yahoo! vinha pressionando Mayer para que ela se comprometesse em tornar a empresa mais lucrativa. Em 2015 ela teria acordado que tomaria jeito e manteria as contas dentro de um nível aceitável e colocaria em prática medidas para alavancar a companhia, como se livrar da divisão web e fazer caixa.

Só que de lá para cá Mayer teria sumariamente ignorado todas as recomendações. Ela gastou cerca de US$ 200 milhões no Polyvore, um motor de busca focado em moda e US$ 17 milhões pelo streaming de um jogo da NFL. O Yahoo! Stream, o serviço de transmissão online foi podado após de mostrar um fracasso retumbante, mesmo tendo a exclusiva sexta temporada de Community no catálogo. Mas também, com bloqueio de região não tinha como dar certo mesmo.

Isso sem falar nas extravagâncias pessoais de Mayer. Ela torrou US$ 7 milhões em uma festa de fim de ano, inspirada em O Grande Gatsby e mais um milhãozinho em um livro sobre o Yahoo!. Como ela não se emenda a executiva obviamente apela para o óbvio: o passaralho. Mayer é praticamente a Rainha de Copas da empresa, corta cabeças com uma eficiência ímpar e não poupa ninguém, efetivamente qualquer um, do cargo mais baixo ao mais alto pode rodar a qualquer momento.

Essa sucessão de presepadas de Mayer teria motivado o CEO da Starboard Jeffrey Smith a nos últimos meses tomar medidas drásticas. O grupo adquiriu metade das cadeiras do conselho do Yahoo! e efetivamente colocou Mayer e seu time contra a parede, pendurando ao mesmo tempo uma placa de vende-se na empresa e em seus serviços. O período de negociações se encerrará no fim de julho e tudo leva a crer que até meados de agosto conheceremos o feliz comprador do Yahoo!. Google e AOL seriam os mais interessados.

Quanto à Mayer, depois de ser inevitavelmente dispensada ela ainda levará alguns milhõezinhos para casa, mas é bem provável que outras companhias verão o seu histórico com olhos muito críticos em uma futura contratação.

Fonte: The Wall Street Journal (paywall).

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