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Vitopaper: papel a partir do plástico

Conheça o Vitopaper, possível substituto do papel comum, feito de plástico e amigo da natureza.

13 anos e meio atrás

Achei muito interessante um mini-artigo sobre o papel sintético Vitopaper, que foi publicado na edição de setembro da Info. Como o artigo era bastante resumido, resolvi procurar mais informações sobre esse papel, sua tecnologia, os responsáveis pela sua produção, entre outras.

Esse produto se difere do papel normal por ser feito de plástico reciclado, sendo mais durável e leve que o papel “tradicional”. Seu único problema é o preço, atualmente cerca de 40% acima do tradicional.

Vitopaper

Ele é único no mundo, pois sua produção não exige a seleção do plástico, sua mistura pode incluir matéria-prima vinda de garrafas descartadas, embalagens, frascos, etc. Com 850 quilos de plástico reciclado é possível obter 1 tonelada de papel sintético e o processo também não exige nenhuma mudança nas etapas de produção gráficas, podendo ser utilizado por qualquer gráfica.

Inclusive, o papel foi criticado na época do seu lançamento pela Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel, que considerou ele “uma lâmina de plástico, já que o papel é feito de fibra de celulose”. Sinceramente, isso pode mostrar uma associação desesperada com o que esse papel sintético pode se tornar. Ou também uma simples definição sobre o que é papel. Prefiro a primeira alternativa, mas cada um tem a sua interpretação...

Seu desenvolvimento foi realizado através do Departamento de Engenharia e Materiais da Universidade Federal de São Carlos em parceria com a empresa Vitopel. Ele usa a tecnologia dos filmes de polipropileno biorientado, resultando em uma lâmina bastante parecida com o papel couché, usado em revistas, catálogos e adesivos. E não é só pela ecologia que ele é interessante, ele também é impermeável, tem durabilidade maior e pode ser reciclado infinitamente. Demorou cerca de dois anos para ser desenvolvido e teve um investimento de aproximadamente R$ 4 milhões.

Gostei da forma com que está sendo investido esse dinheiro, em tecnologias nacionais que beneficiam o meio ambiente e podem beneficiar o próprio povo brasileiro. Gostei mais ainda da empresa/produto quando soube que ela doou à Fundação Paula Souza 170 toneladas do papel para a impressão de 261 mil livros didáticos.

Ainda não tive a chance de “tocar” nesse papel. Se a sua sensação for melhor do que a de um papel reciclado, já está valendo, visto que, além de reciclável (várias vezes), ainda tem alta durabilidade.

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