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Phil Spencer defende os jogos vendidos como serviço

Na opinião dos responsáveis pela divisão Xbox, ficará cada vez mais difícil vermos títulos como um Horizon Zero Dawn ou um The Legend of Zelda: Breath of the Wild, com os estúdios preferindo apostar nas microtransações.

7 anos atrás

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Durante muito tempo eu tive vontade de comprar um Xbox One, mas quando finalmente decidi adquirir um console da atual geração, primeiro optei por um Wii U e depois por um PlayStation 4. O que me levou a desistir do videogame da Microsoft foram seus exclusivos, ou melhor, a falta deles. Sim, existem muitos títulos interessantes sendo produzidos pelos estúdios da Gigante de Redmond, mas se posso jogá-los no PC, porque eu investiria em um One mirando neles?

Essa é sem dúvida uma questão bastante pessoal, mas outra coisa que tem incomodado alguns donos de um Xbox One é a ausência de títulos de grande porte feitos pela Microsoft. Pois ao explicar porque isso tem acontecido, Phil Spencer fez um comentário que me deixou bastante preocupado.

O público para esses grandes jogos guiados pela história… Eu não diria que ele não é grande, mas não é tão consistente,” afirmou o chefe da divisão Xbox. “Você terá jogos como Zelda ou Horizon Zero Dawn que serão lançados e se sairão muito bem, mas eles não tem o mesmo impacto que costumavam ter, porque os grandes jogos vendidos como serviço estão capturando uma grande parcela do público. Os estúdios internos da Sony fazem muitos desses jogos e são bons nisso, mas fora disso, é difícil — eles se tornaram raros; É uma decisão de negócios difícil para essas equipes, você está remando contra a maré.

Spencer ainda disse que adora jogos que foquem no enredo, citando o Thimbleweed Park e o Inside como exemplos, mas defendeu que como parte da indústria, ele precisa garantir que tantos estes quanto os jogos entregues como serviço possam ser bem sucedidos.

Embora a intenção do executivo talvez não tenha sido essa, acho muito triste pensar na possibilidade de estar chegando o dia em que as os jogos de grande porte entrarão em extinção, com as empresas preferindo apostar nas malditas microtransações para conquistar o público.

Pensando como alguém a frente de uma plataforma, acho que a linha de raciocínio de Spencer faz sentido. Para um estúdio menor ou mesmo para uma editora, é muito mais seguro não apostar dezenas de milhões de dólares num título cuja certeza de vendas não existe, mas e quanto à própria Microsoft?

O problema é que enquanto os donos de um PlayStation 4 ou um Wii U (e imagino que em breve os do Switch) receberam diversas grandes produções, no Xbox One esses exclusivos tem aparecido numa quantidade bem menor e quando isso acontece, com a ressalva de que eles ainda podem ser jogados num computador.

Torço muito para que essa estratégia defendida por Spencer não seja adotada em massa, mas a verdade é que se ultimamente eu não andava com muita vontade de comprar um Xbox One, agora tenho menos ainda.

Fonte: The Guardian.

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