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Review: Microsoft Band, um smartwatch escondido em uma pulseira fitness!

Review completo da Microsoft Band. Testamos a duração da bateria, usabilidade da pulseira e do aplicativo, e mostramos como ela se sai no monitoramento de exercícios físicos.

9 anos atrás

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Há alguns dias o Cardoso mostrou pra gente a Microsoft Band. Todas as especificações técnicas estão lá no post dele, disponível através deste link. Hoje vamos falar da experiência de uso do gadget.

Recebi da Microsoft o kit com a pulseira inteligente e desde o primeiro instante estou usando — ou seria melhor dizer “vestindo”? — o produto, comparando com algumas outras pulseiras e relógios que eu costumo utilizar no dia-a-dia. O meu objetivo aqui é trazer pra vocês um review sincero e o mais abrangente possível.

Infelizmente a primeira pulseira que eu peguei estava com pequeno defeito na tela. O sensor de toque não funcionava, de forma intermitente. A Microsoft se prontificou a trocar imediatamente. Ponto pra fabricante.

Logo de cara quero deixar claro que não se trata apenas de uma pulseira de fitness tracking. Ela faz outras coisas além de monitorar suas atividades físicas e a qualidade do seu sono. Pra atingir um referencial mais aproximado, temos nesse produto, além da integração de comandos de voz com a Cortana no Windows Phone, e avisos de recebimento de mensagens de texto e ligações — mesmo no iOS e Android — ele ainda mostra as horas!

Não testei a "resistência a respingos" pois só esse termo já me serve de aviso que a melhor coisa a ser feita é manter esse produto longe da água.

Citando o sensor ultravioleta, ele chegou a me avisar uma vez que estava tudo bem, durante os treinamentos. Ainda assim, vejo como um recurso bem interessante para lugares mais nocivos. Você pode conferir seus resultados a qualquer momento.

Outra coisa legalzinha é que você pode registrar um cartão pré-pago recarregável da Starbucks e usar o display da pulseira pra exibir o código de barras na hora da compra do seu café favorito. Não é um Google Wallet nem um Apple Pay (que também permitem este tipo de registro mas não se restringem a isso) mas ainda assim é interessante.

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Tudo indica que essa é a primeira das parcerias que a empresa pretende trazer pra lista de tiles à se adicionar ao punho. Falando em lista, hora de apresentar todos os pontos que creio serem interessantes, de forma a ajudar alguém que esteja pensando em comprar.

Sobre a usabilidade…

A conexão com o Bluetooth segue o processo trivial, mas não adianta esperar que o app vá fazer tudo sozinho. Faça o pareamento pelo gerenciador do sistema operacional do seu smartphone.

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A pulseira pode ser personalizada através do app do celular. As modificações englobam as cores do display e a imagem de fundo. Além disso, você pode escolher se prefere medidas métricas ou imperiais, o que deve ou não ser exibido na lista de tiles, como ligações, configurações da Cortana, previsão do tempo, compromissos, treinos agendados ou eventuais, alertas e o programinha da Starbucks.

Sobre o tamanho…

Então, gente… a pulseira é grande, cutuca e vibra. Por bem pouco eu não classifico esse produto de outra forma.

Essa aqui é a grande:

E essa aqui é a pequena.

Acabei pegando a média, mas ainda assim, o formato dela não colabora. Depois de fazer qualquer exercício, será possível notar que a pulseira está marcando a pele ou incomodando de alguma forma:

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E isso não é o leitor biométrico, é o espaço onde a gente encaixa o carregador. Sim, uma tampinha de borracha resolveria o problema. Fica a dica aí, Microsoft: Band 2 com um design melhorado, por favor, obrigado de nada.

O lance de ter que usar o visor pra baixo não chega a ser um estorvo. E você pode usar com ele pra cima, mas pessoalmente eu acho que fica feio demais. Me lembra aquelas tornozeleiras de acompanhamento em prisão domiciliar.

Como é conversar com a Cortana?

É bem legal! Como ainda estou sem um Windows Phone (work in progress), registrei no smartphone de um amigo que me deixou ficar algumas horas com o brinquedo. Foi suficiente pra perceber que todos os comandos que você faria com a assistente pessoal no celular, funcionam se você fizer na pulseira. Agendamento de consultas ou lembretes, buscas de informações locais, conversões de moeda, pacote completo.

Ah Toad, mas qual a novidade então?!” — Olha, se você gosta de ficar gritando com seu smartphone, com todo mundo ouvindo que você quer ser lembrado de lavar suas cuecas ou agendar o proctologista, não há novidade alguma. Agora, se você quer um pouco de discrição, além de obter as informações no seu pulso sem precisar tirar o celular do bolso, ou ter que caminhar até ele, se torna bastante útil.

A parte chata? Tem que apertar um botão pra que a pulseira entre em modo de escuta. Não é como o Google Now que está esperando um comando de voz o tempo todo.

Não cheguei a filmar, mas esse vídeo aqui explica de uma forma didática:

How to use Cortana with the Microsoft Band

É hora de dormiZzZzzzZZzz…

O monitoramento do sono é quase perfeito. Ele te mostra quantas horas você dormiu profundamente, quanto tempo você ficou em um sono intermediário, quantas vezes você acordou por noite, além do tempo que você demorou pra apagar. Isso ajuda a perceber qual a eficiência do seu sono, além de poder ver a média dos seus batimentos cardíacos e as calorias que você queima, dormindo.

Quem falou que era impossível não entende nada de anatomia. O problema é que você come 3 mil calorias por dia e gasta só umas 700 dormindo, o que não ajuda muito a perder essa protuberância incômoda, certo Peter Griffin?

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Ok, deixa pra lá… Voltando ao sono, essa aqui é a coleção de dados que ele registra. Pra ficar perfeito, só se gravasse o som, quando e se a pessoa começasse a roncar:

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Sobre a bateria…

A Microsoft Band cumpre o que promete: 2 dias de uso ininterrupto, variando pra baixo quando se usa o GPS, mas que é capaz de um carregamento completo em menos de duas horas. Dá perfeitamente pra ir se exercitar, voltar pra casa, deixar carregando enquanto se toma um banho, se troca, come alguma coisa e pronto, já pode voltar a usar.

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Finalmente, sobre o monitoramento de exercícios físicos…

É neste ponto da análise que a Microsoft Band mostra seu potencial. O fato dela ter um GPS embutido a transforma em uma pulseira stand-alone. Ou seja, você pode deixar o smartphone em casa, correr, se exercitar, e só depois fazer o download das atividades para o excelente aplicativo Microsoft Health.

Pra começar que o app traz um conjunto xicante de exercícios que podem ser carregados para a Microsoft Band. A malhação pode acontecer na sala de casa, em uma academia ou em um parque, com corridas, maratonas, abdominais, agachamentos, flexões, supino, e outras mágicas como o treino “Do sofá aos 5 km em 14 dias” que eu resolvi executar como forma complementar do meu treinamento pro divertido, iluminado e colorido Luminate 5K.

Ok, essa descrição foi quase de uma parada gay. Mas vocês entenderam.

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Pra quem está começando, ele tem uns tutoriais em vídeos para cada uma das etapas do treinamento. A pulseira vibra dentro de cada período te avisando quando é o momento de descansar, ou trocar de séries. Na dúvida, deixe o smartphone do lado, assista os vídeos e vá se guiando por eles.

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Já para o teste de caminhada e corrida, fui até um parque da cidade e coloquei a pulseira para um duelo com o relógio da Nike, com GPS da TomTom, que é provavelmente o relógio que eu mais uso nas minhas atividades. Fiz isso pois eu já conheço um defeito deste produto, que é não contar corretamente o número de passos. Esse foi um dos pontos que eu queria validar no novo gadget da Microsoft.

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Na verdade, sendo bem sincero, essa foto aí me lembra outra coisa… IDKFA,IDDQD e IDBEHOLD!

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Do que a gente tava falando mesmo?! Ah, isso, contagem de passos. Foi aí que eu percebi que a Microsoft Band demorou um pouco pra ser lançada por algum motivo importante: ela acertou a precisão de suas medidas, como a contagem de passos, tanto na caminhada, quanto na corrida, por mais de 2 km — que foi quando eu parei de contar.

Isso somado ao registro do batimentos cardíacos, faz com que ela seja muito mais confiável que o relógio da Nike para este tipo de monitoramento.

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Note a divergência em relação ao ritmo médio, ao tempo de corrida, à quilometragem percorrida, ao número de calorias. Eu já tinha feito esse percurso com outras pulseiras, da Fitbit e da Jawbone, e sei que este circuito tem entre 6,90 km e 6,95 km. Ponto, novamente, pra Microsoft.

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Conclusão:

Na minha opinião trata-se de uma pulseira com recursos que eu estava procurando há bastante tempo, muito interessante e precisa.

Assim… Ela atende tanto os entusiastas quanto aficionados em exercícios físicos, caminhadas e corrida, desde o level intermediário ao avançado. Talvez não o profissional.

De qualquer forma, o produto perde um pouco pelo preço: 199 obamas (+39 se você quiser o pacote de boas vindas que inclui garantias extras e necessárias). E o apelo diminui ainda mais quando avaliamos seu design. A frase que eu mais ouvi aqui entre os amigos americanos foi “wow… that's… boxy”, com um certo tom de decepção, que deixa evidente que o visual quadradão não passa despercebido.

Se isso não é um problema pra você, acredito que seja uma compra ideal. Pessoalmente eu diria para esperar a próxima versão, principalmente pelo produto da Microsoft ter o software que tem e pela maneira que ele usa seus sensores. Aos engraçadinhos: não, ela não mostra a tela azul da morte. Sendo sincero, eu não lembro quando foi a última vez que eu vi esse erro.

Agora, eu pergunto: o que vocês acham da Microsoft Band? Serve pro seu uso? Preferem algum outro modelo? Deixem suas opiniões aí na área de comentários, pois isso agrega bastante ao artigo.

Não se esqueça de se hidratar. Não, cerveja não conta! Quer dizer… cerveja tem água e água hidrata! hahahahah Não!

Abraços e até a próxima vez.

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