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Os novos inimigos do Google: tubarões

Ataques de tubarões a cabos submarinos estão tirando o sono do Google; empresa estuda reforçar blindagem da fibra óptica submersa com malha de kevlar

9 anos e meio atrás

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Quem já viu qualquer documentário do NatGeo, a Semana do Tubarão do Discovery ou qualquer outra fonte confiável está careca de saber que os grandes predadores dos oceanos não são apenas máquinas de matar eficientes, mas possuem um apetite tão voraz que praticamente atacam tudo que aparece na sua frente.

Coisas estranhas já foram encontradas em seus estômagos ao longo da história como balas de canhão, placas de carro, uma armadura medieval (esse é questionável, vêm de um relato do século XVI), garrafas de vinho (fechadas, bom para quem pescou o tubarão), pneus e dizem, até um torpedo. Por que então com cabos submarinos seria diferente?

O Google está injetando uma grana preta para expandir sua rede de dados submarina, o que significa uma melhor conexão de banda para todo o mundo. Entretanto, uma boa parte dos 300 milhões dedicados a realizar a ligação entre EUA e Japão e de boa parte de seu orçamento para manter suas conexões submarinas são para manter a estrutura funcionando. Ainda que os navios sejam os principais inimigos das instalações de rede submersas, os tubarões também estão dando belas dores de cabeça para Mountain View.

Veja este vídeo flagrando um tubarão dando uma bela dentada no cabo de fibra óptica:

sudmike — Shark attack on subcable.wmv

Ainda não se sabe exatamente o que acontece. Acredita-se que o campo magnético criado pela tensão da transmissão de dados que trafega pelos cabos acaba por atraí-los, pois acabam confundindo as instalações com cardumes de peixes. Em suma, os tubarões pensam que os cabos, paradinhos emitindo sinais são um convite a um farto banquete, e só quando mordem os cabos é que percebem que foram enganados. E nisso obviamente lá se vão as conexões.

O curioso é que os antigos cabos de cobre que transmitem dados a uma velocidade 100 vezes menor (os de fibra óptica, que possuem blindagem de várias camadas de proteção contra impactos mas não contra mordidas permitem velocidades de até 1 Gb/s) não sofrem desse problema.

Claro, isso de forma alguma é um problema exclusivo do Google e também não é a primeira vez que isso acontece: em 1987 a AT&T passou por um infortúnio semelhante. A solução que o Google está desenvolvendo, segundo um gerente de produtos da empresa é utilizar um reforço de kevlar na blindagem dos cabos, similar a de um colete à prova de balas. Como o campo eletromagnético ainda continuará atraindo os tubarões, isso ao menos evitará que uma dentada derrube a internet de muita gente. Até porque substituir um cabo submarino rompido dá um trabalho dos diabos.

Fonte: G.

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