Carlos Cardoso 11 anos atrás
Existem duas formas de fazer merchandising em TV: A boa e a da Globo. A da Globo é aquela cena onde os protagonistas da novela aleatoriamente decidem ir ao banco e ficam 20 minutos conversando com o gerente, que explica como o Itaú é lindo maravilhoso e multiplicará seu dinheiro, de forma bem didática afinal a protagonista rica e poderosa tem a mesma percepção mental que o espectador classe D e E de 25 a 45 anos, com 2o Grau incompleto.
A forma boa rende episódios como o Kinect em Smallville, o iPhone de House, o Photosynth em CSI ou o iPad em Modern Family.
Essa semana mais um case entrou para o roll dos bons merchãs: Em Big Bang Theory o Raj compra um iPhone 4S, e fica maravilhado com a Siri. Curiosamente sem o nome do aparelho nem o da Apple são citados em qualquer parte do episódio, mostrando um mínimo de respeito pelas capacidades intelectuais do espectador.
Há até uma gag onde Barry Kripke o sindicalista cientista rival do Sheldon reclama que Siri é uma porcaria, que o reconhecimento de voz não funciona. Claro, ele tem língua presa, mas é um merchã onde um consumidor mostra com todas as letras uma limitação do produto.
Raj vai se apaixonando pela Siri, afinal é uma “mulher” com quem ele pode falar sóbrio, que tem todas as respostas e é atenciosa. Depois de um double date sensacional, ele dorme e tem um sonho onde encontra… Siri.
Incorporada pela totosa Becky O'Donohue, Siri se tornou mais interessante ainda. Pena que a fobia social de Raj falou mais alto, veja, e repare no detalhe que Siri usa algo muito parecido com… Surface:
AVISO: Este post contém spoilers do último episódio de Big Bang Theory. Se você ainda não assistiu, por favor pule.