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Astrônomos propõem técnica para achar alienígenas. Lado ruim: Encontrará primeiro Coruscant

12 anos atrás

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A cena de abertura de Contato é o exemplo didático (embora dramatizado) da bolha de sinais de rádio que cerca a Terra (e em teoria outros planetas civilizados, mesmo usando o termo de forma bem abrangente, afinal estamos incluídos).

Hoje essa bolha tem 110 anos-luz de raio, se contarmos das primeiras transmissões transatlânticas de Marconi, em 1901. Fora dessa bolha nenhuma civilização que respeite Einstein tem noção de nossa existência. A menos que utilizem alguma tecnologia supraluminosa inimaginável (ok, imaginável) não há nenhum indício de que somos mais que um sistema solar comum.

A radioastronomia que pesquisa por sinais de vida extra-terrestre procura não só por sinais específicos mas por ´”ruído inteligente”, transmissões equivalentes a TV, rádio, até mesmo Hitler seria bem-vindo. Só que há um problema: Aqui na Terra nossos sinais estão morrendo. Nossa bolha está se enfraquecendo, à medida em que ocorre a chamada Inversão Negroponte.

 

Segundo ela os meios sem-fio seriam substituídos pelos meios com fio, e vice-versa. Televisão, que era normalmente sem fio hoje chega para a maioria das pessoas (ok, pelo menos nos EUA) por cabo. Computadores, que viviam grudados em cabos de rede, hoje usam WIFI. Telefones, idem. O telefone fixo pra vários é uma relíquia.

Só que os sinais de celular são fracos demais para alcançar grandes distâncias interplanetárias. A TV por assinatura via satélite utiliza transmissores que apontam pra baixo. Mesmo os grandes radares da Guerra Fria estão sendo desligados. Somos uma lâmpada cada vez mais fraca na faixa de frequência de rádio.

E onde entra a proposta nova?

Ahá! A idéia de Abraham Loeb, de Harvard e Edwin Turner, de Princeton é que devemos procurar pelas cidades alienígenas, através de suas luzes. Com nossa tecnologia atual somos capazes de identificar a variação luminosa das cidades da Terra a uma distância de 6,9 horas-luz. Ainda é muito pouco, mas os futuros avanços tornarão possível ampliar muito esse alcance.

É a mesma técnica usada para detectar os planetas em si, só que ao invés de procurarmos variações nas luzes das estrelas procuraremos na luz do planeta.

Faz sentido, afinal até pouco tempo atrás era impossível detectar planetas fora do sistema solar, sequer havia confirmação de que existiam. Com o tempo conseguimos achar vários superplanetas maiores que Júpiter, hoje detectamos coisas minúsculas do tamanho da Terra a 564 anos-luz de distância, ou 173 Parsecs. (menos, se você fizer a Corrida de Kessel)

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Aliens não achariam a Coréia do Norte

No paper dos dois astrônomos propõe inicialmente estudar o Cinturão de Kuiper, uma região mais ou menos na òrbita de Netuno, no final do Sistema Solar (fuck you, Neil Tyson) formada por asteróides principalmente de gelo de amônia, metano o água. Basicamente são a raspa do tacho da formação do Sistema Solar.

Eles querem investigar se há algum objeto por lá que seja artificial, alguma estação espacial confundida com uma lua, talvez.

Claro, é um baita chute, mas serve como teste da técnica, base de aperfeiçoamento e treino para quando a próxima geração de telescópios nos permitir procurar por cidades nos sistemas solares próximos.

Fonte: ExtremeTech

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