Carlos Cardoso 12 anos atrás
No mundo das redes sociais quanto maior os números mais bem-sucedida é percebida sua rede. Não importa que 72,5% dos usuários do Twitter tenham entrado na rede no começo de 2009, nem importa que 85,3% dos usuários poste menos de um twit por dia, e definitivamente não faz diferença que 21% desses mesmos usuários nunca tenha postado um twit na vida.[não, não carece de fontes]
Esse usuário ausente conta tanto quando um daqueles loucos furiosos que passam o dia inteiro postando coisas. No final do dia é mais um número, e para os jornalistas, investidores e hypeiros em geral é o que importa.
Por isso o negócio é fazer de tudo para inflar os usuários. Não que eles mesmos já não ajudem, vide a quantidade de gente com quatro, cinco, dez contas fakes no Twitter, os perfis numerados no Orkut “Perfil Lotado, siga XXXXX” e o pessoal que cria conta no Facebook até pro cachorro.
Como aproveitar essa tendência, maximizando a criação de perfis? Já é comum pais “presentearem” seus filhos no nascimento com perfis no Facebook e outras redes sociais. Criam as contas e deixam dormentes, para quando o jovem tiver idade poder usufruir dos serviços. Boa sorte pra quem fez isso no MySpace, Friendster, Fotolog…
O Facebook conseguiu uma vantagem ao ir adiante, ou melhor, antes. Para quê esperar o nascimento? Contando não-literalmente com o ovo no fiofó da galinha, criaram um recurso onde você pode adicionar relacionamentos em seu perfil para gente que não nasceu ainda.
Agora você pode incluir filhos, sobrinhos, etc, com status de ainda não nascido, com direito a data prevista do parto. Não tem campo “idade” pois o valor seria negativo e decrescente, que nem datas Antes de Cristo. Pombas, até o Pedobear reclamaria “novos demais!” pra esses perfis.
Não duvido que o Facebook só esteja esperando uma autorização formal de Nosso Lar para incluir relacionamentos de encarnações passadas e futuras. Não me surpreenderá se tentarem contactar o pessoal que está estudante outros Universos para incluir perfis de gente de realidades alternativas.
Já que é abraçar o ridículo, abracem com força.