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Apple e Mozilla investem em concorrentes do Chrome OS

Apple trará modo Safari-only no Lion e Mozilla trabalha em plataforma web para servir de base a outros sistemas. Chrome OS chegará ao mercado cercado de concorrentes.

13 anos atrás

A proposta do Chrome OS é radical e assusta muitos. O sistema operacional inicialmente destinado a netbooks para acesso rápida à web se resume à... web. É uma janela do navegador Chrome maximizada, nada mais que isso. Seguindo o mantra da Google de que tudo pode ser feito na web, o OS entrega justamente essa experiência.

Contestada por muitos, vista como crível por outros, apesar da incerteza quanto ao sucesso dessa empreitada, que começa pra valer com os lançamentos da Samsung e Acer, concorrentes começam a surgir. Não na forma de sistemas próprios e independentes, como é o caso do da Google, mas complementos que podem tornar o Chrome OS DOA.

Guest mode (Safari-only) no Lion.

Guest mode (Safari-only) no Lion. (Clique para ampliar)

No Mac OS X 10.7 "Lion", por exemplo, descobriu-se que a Apple inseriu um modo de reinicialização do sistema do tipo "Safari-only". Ao ser ativado, o sistema reinicia e, em vez de totalmente carregado, apresenta apenas o Safari em tela cheia. No que pode ser útil? Para usar o iMac ou MacBook em modo quiosque ou, ainda, emprestar o equipamento para alguém sem correr o risco de ter o sistema desfigurado ou seus arquivos acessados -- o modo Safari-only opera numa "conta" de convidado, sem privilégios ou mesmo acesso ao sistema.

De outra frente aparece a Mozilla, com o Chromeless Browser. Aqui a proposta chega a ser mais ambiciosa que a da própria Google, já que a fundação dona do Firefox oferece as fundações para transformar o motor de renderização numa verdadeira plataforma. Em outras palavras, o programa remove a UI do navegador e permite a desenvolvedores terceiros criarem shells completos baseados em linguagens web, como HTML, CSS e JavaScript.

O Chromeless Browser é disponibilizado para download em sua forma "crua", apenas o código-fonte. Cabe aos desenvolvedores criarem aplicações em cima disso. Uma das primeiras é o Webian Shell, bastante minimalista e com versões para Windows, Mac OS X e Linux.

Webian Shell: a web e nada mais.

Webian Shell: a web e nada mais. (Clique para ampliar)

Não podemos esquecer, ainda, dos sistemas embarcados de inicialização rápida que algumas placas-mãe da ASUS carregam. O Express Gate sobe em poucos segundos e traz um leque generoso de aplicativos, como navegador (Firefox) e Skype. Embora não seja todo voltado para a web, tem forte apelo na navegação.

Particularmente, não acho a abordagem de web como plataforma única a mais empolgante do mundo. Prefiro um modelo ainda em desenvolvimento, o da web como plataforma complementar -- modelo que, ao que tudo indica, fará a sua estreia no Windows 8. Afinal, para que dispor de plataformas locais e todos os seus benefícios em prol da web se dá para unir as duas e extrair o que ambas têm de melhor, ao mesmo tempo?

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