San Picciarelli 12 anos atrás
Há quem fique por aí dando uma de Brassai pelas ruas e nas festinhas de casamento dos seus primos, achando que a fotografia é só apertar o disparador. Na realidade, o processo de capturar a imagem do mundo natural e levá-la ao retrato foi tão reduzido, que até usar o termo "disparador" já deixa os mais moderninhos com cara de lápis sem ponta.
Harry Taylor é um fotógrafo dos dias de hoje, como qualquer outro. Em contraponto com o trabalho normal de qualquer outro profissional, Harry decidiu doar parte do seu tempo para uma causa que julga ser honrosa o bastante para reviver um tipo não menos nobre de técnica: os Ambriotipos.
A palavra deriva do grego vernacular [ἀνβροτός + τύπος] "ambrio" (imortal) e "tipo" (impressão) e também é conhecida como Amphitipo. A técnica era utilizada no início do século 19 e consiste na projeção de imagens em placas de vidro através de um processo conhecido como "técnica de colódio".
O colódio (collodion) é uma solução que teria sido desenvolvida por um padre Esloveno chamado Janez Puhar em 1842 e é composta por uma emulsão que dissolve piroxilina em álcool e éter. Além da batina, Puhar era fotógrafo, poeta e pintor. Puhar é na verdade o inventor dos Ambriotipos.
Em alguns casos, a impressão de um Ambriotipo envolvia a adição de uma solução líquida à base de gelatina incolor junto aos químicos normalmente utilizados. As demais partes do processo são ainda bem parecidas como as de hoje: emulsão reveladora, fixador, etc.
Harry Taylor decidiu que o Ambriotipo seria o veículo ideal para seu trabalho voluntário para a Hearts Apart, uma ONG que procura manter as famílias de soldados combatentes unidas enquanto seus filhos e parentes estão a serviço das forças armadas fora do país.
Abaixo, um vídeo mostrando todo o processo empregado por Taylor: