Ticiano Sampaio 12 anos atrás
[Como podem notar, sou novo por aqui. Gostei de ter recebido como primeira tarefa uma postagem sobre a possível aproximação do anúncio oficial do nVidia Tegra 3. Essa tem sido minha temática predileta. O próprio convite para colaborar com o Meio Bit veio depois que pedi ao Rodrigo Ghedin uma opinião sobre algumas coisas que já andava escrevendo no meu blog. Bom, a avaliação parece ter sido positiva e dela veio a possibilidade de integrar o time do Meio Bit. Me chamo Ticiano Sampaio e é um grande prazer estar por aqui e espero que gostem do que virá.]
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A nVidia tem adotado uma abordagem agressiva na competição entre os fabricantes de hardware para dispositivos móveis. Antes mesmo que nos acostumássemos com o fato de que nossos atuais tablets e smartphones foram atropelados pelos novos modelos dual core com Tegra 2, a empresa já fala em processadores com quatro núcleos para a próxima geração. O Tegra 3 poderá ser lançado no último trimestre de 2011.
A novidade é presumida a partir da declaração do executivo da empresa Mike Rayfield, que afirmou, sem maiores detalhes, estarem se preparando para um grande anúncio no Mobile World Congress 2011, em Barcelona. Segundo Mike, a produção de processadores de quatro núcleos para dispositivos móveis da nVidia se dará quando a concorrência começar a fazer seus processadores dual core.
A previsão é de que os quatro núcleos Cortex-A9 do processador incluído no novo SoC trabalhem a 1,5 GHz e sejam capazes de algo em torno de 15 mil MIPS. Ademais, otimizações no uso da carga estão previstas para que os novos chips ofereçam massivo ganho de performance sem sacrificar a autonomia das baterias.
As soluções oferecidas pela nVidia despertam, certamente, enorme interesse entre os entusiastas de tecnologia móvel, mas eu, particularmente, vejo esse ritmo com certa preocupação. Isso porque a plataforma Android já sofre um bocado com o abundantemente discutido problema da fragmentação.
Ocorre que, a partir do momento em que a distância existente entre modelos de entrada e os hi-end for demasiadamente alargada, isso poderá ter um impacto ainda maior sobre a plataforma, agravando um problema já existente e causando confusão para desenvolvedores e para usuários.
De qualquer forma, as sucessivas revoluções trazidas por novidades dessa natureza são bem-vindas. Quem de nós não curte a ideia de andar com supercomputadores no bolso? Saudemos as inovações e torçamos para que elas tragam avanços efetivos para o mundo mobile. Cabe ao consumidor saber o que esperar do modelo de smartphone que está adquirindo, mesmo que isso dependa, cada vez mais, de uma análise bastante cuidadosa.
Fonte: Softpedia.