Carlos Cardoso 6 anos atrás
Eclipses são um fenômeno fascinante. Dramáticos mas inofensivos e únicos no Sistema Solar. Em nenhum outro planeta fora a Terra temos a coincidência cósmica de a Lua ter o mesmo diâmetro aparente do Sol. Por isso temos os eclipses totais e anulares.
A plebe ignara se assustava com eclipses e se maravilhava com o poder mágico dos sacerdotes em prevê-los, mas não há nada de mágica, é apenas a boa e velha matemática. Os caldeus já tinham decifrado o Ciclo de Saros, um período de 6.585,35 dias após o qual os eclipses de repetem.
Um desses eclipses do Sol ocorrerá amanhã.
Calma que eu traduzo: teremos um eclipse anular, que ocorre quando a Lua está mais distante (órbitas elípticas, lembra?) e portanto menor, assim não cobre exatamente o disco solar. O resultado é um eclipse assim:
Esse eclipse vai ser bem longo, começando no Pacífico Sul, próximo do Chile e terminará na pontinha do Congo. Quanto mais distante da linha central mais a Lua estará desalinhada, então quem estiver na Região Norte, esqueça.
Já na latitude do Rio de Janeiro, às 10 h 13 min hora local a Lua tocará a ponta do disco solar.
Às 11 h 33 min ele atingirá seu ponto máximo:
Lembre-se: não olhe direto para o Sol, é péssimo para seus olhos. Use filmes de radiografias, um pedaço de vidro enegrecido (pode falar enegrecido ainda?) com uma vela ou outros métodos. Não use binóculos.
De resto, é uma pena que pra gente o eclipse seja apenas parcial. Os anulares são mais bonitos que os totais, mas se você não estiver na Patagônia, se quiser ver o Anel de Fogo, só botando na Rede TV mesmo (NSFW, cuidado, não clique).