Gilson Lorenti 7 anos atrás
Fazer backup é preciso. Toda vez que conversamos sobre equipamentos de backup aqui no site alguém sugere nos comentários armazenamento na Nuvem. Parece uma coisa interessante, mas não é uma coisa prática para todo mundo. Quando gravo os vídeos para o canal do youtube do Meiobit os arquivos ficam com 2GB de tamanho. Para enviar o arquivo para o Nick são horas de upload. E a média de produção de arquivos aqui do estúdio é de uns 100 GB por semana (mais uns 80GB quando temos evento no fim de semana). Mandar tudo isso para a Nuvem é inviável por aqui (por conta das conexões porcas de internet). Então o armazenamento físico não é o mais barato, mas é o mais prático e rápido.
Por outro lado, quando falamos Nuvem as vezes nos esquecemos que estamos falando de servidores físicos de uma empresa que te aluga um espaço anualmente (ou mensalmente). Eles podem explodir, o prédio pode pegar fogo, um meteoro pode cair na cidade, ou seja, nada é totalmente seguro. Ou a empresa pode, simplesmente, falir ou suspender o seu plano de armazenagem.
Em março de 2015 a Amazon lançou seu plano de armazenamento ilimitado pela quantia singela de US$ 12,00. Todo mundo achou o máximo, pois a empresa não fazia distinção de arquivos. Ou seja, eu poderia fazer backup ilimitado de meus arquivos RAW e não me preocupar em ficar guardando isso em casa. Porém a brincadeira durou pouco mais de um ano. Os clientes do plano começaram a receber um e-mail da Amazon dizendo que o serviço será encerrado e quem quiser continuar com seus arquivos no sistema tem que aderir ao novo plano com custo anual de US$ 59,99.
Porém, a empresa foi "boazinha". Os contratos atuais vão ser cumpridos até o fim e depois disso os clientes vão receber um período gratuito de utilização do novo plano. O estranho é que alguns usuários ganharam 3 meses gratuitos e outros levaram 12 meses. Provavelmente algo relacionado à quantidade de dados armazenados. Tudo bem, para o mundo civilizado pagar US$ 59,99 por ano não é uma fortuna (mas, todo mundo está reclamando muito), mas o problema principal aqui é que você está refém da empresa. Dependendo da quantidade de dados que estão armazenados não é possível migrar facilmente para outro serviço ou mesmo baixar tudo em sua casa.
Não existe informação ainda sobre o que vai acontecer com os dados de quem não topar migrar de plano. Claro que serão apagados, mas a empresa não se manifestou quanto a prazos para que o usuário salve tudo o que for importante. Infelizmente a Nuvem não é uma coisa etérea. São empresas que estão sujeitas ao mercado e decisões econômicas. Nada é 100% seguro em questão de backup.
Fonte: Petapixel