Carlos Cardoso 7 anos atrás
No começo das histórias em quadrinhos nem todo gibi era sobre gente de sexualidade confusa combatendo o crime com a cueca por cima da calça. Havia histórias de guerra, romances, havia Detective Comics (pegou?) e havia bastante terror. Uma das mais famosas revistas era a Contos da Cripta, cheia de histórias sinistras, violentas e com capas com personagens em roupas desnecessariamente sumárias. Desnecessariamente pro pessoal dos textões, claro, mas danem-se eles.
Isso foi em 1950. Em 1989 foi ao ar na HBO o primeiro dos 93 episódios da série Contos da Cripta, um primor de humor negro, terror, violência, gore, nudez, e outras coisas que o espectador não estava acostumado. Tudo, claro, em um clima bem-humorado, nada a ver com o tom de sadismo de lixos como Hostel.
A série era apresentada pelo Guardião da Cripta, assim como os quadrinhos, que eram a base pra grande maioria das histórias. Um monte de nomes de peso passou pelo programa, que contava casos independentes, um formato hoje meio fora de moda.
Mesmo assim a série vai voltar. M. Night Shyamalan está desenvolvendo uma nova versão, o que já soa ruim, e para a TNT, o que dispara mais alarmes ainda. Boatos diziam que nem haveria um Guardião da Cripta, o que é um absurdo.
Agora isso foi esclarecido. Haverá um Guardião, mas ele será “reinventado”.
Isso sim é terror. O que querem dizer? Vai virar uma guardiã? Será que é o momento de trazer inclusão e diversidade ao mundo dos desmortos? Será que as mulheres transgênero deficientes negras não se sentem representadas e querem poder olhar para aquela criatura das trevas e seu rosto decomposto, e dizer “agora sim me sinto representada”?
Nah. Sendo realista não há brigada politicamente correta, não há M. Night Jambalaya que consiga matar o Contos da Cripta. É impossível destruir uma franquia que sobreviveu a uma versão em desenho animado nos Anos 90.
Fonte: UProxx.