Ricardo Bicalho 14 anos atrás
BRICs é a sigla conhecida para designar Brasil, Russia, India e China. Um país que obviamente tem dominado as manchetes do mundo quanto a software é a Índia e de uns tempos para cá, China. Numa mesa redonda com membros da Nokia Instituto Nokia de Tecnologia, o INdT conversamos sobre o motivo do Brasil ter sido escolhido para ter um centro de pesquisas.
Não queremos apenas código
Os fato é que os indianos e chineses executam ordens muito bem e transformaram a escrita de código em um negócio lucrativo, mas como uma espécie de commodity de software: linhas de código, pontos de função, etc. E o custo com profissionais é baixo e obviamente, os custos são uma fração do que se tem na Europa, Japão e EUA. O problema é que as empresas precisam de pesquisar, inovar e produzir software com mais qualidade. Quando o objetivo é o valor agregado, o Brasil tem caído na preferência.
O entender do INdT é que produzir software tendo como único fator o custo mais baixo possível, é melhor nem perder tempo em vir ao Brasil. Mas quando é preciso entender de verdade um problema, experimentar e testar novas propostas e disso surgir idéias que podem ser incorporadas a produtos.
E o software livre entra nessa história porque tudo isso está sendo devolvido para a comunidade, no sentido de livre fluxo de conhecimento e formação de profissionais capazes de resolver problemas.
Perguntei como o INdT escolhe as tecnologias que serão usadas para resolver um problema. E a resposta faz qualquer geek abrir um sorriso: “nós nos preocupamos em achar e testar o que há de melhor. Sempre buscamos qual a melhor tecnologia disponível”. Eles tem a liberdade que o pessoal que trabalha para a Nokia não tem, ou seja, essencialmente, o INdT é um repositório de cérebros. E a concorrência *tosse* Google *tosse* já tentou recrutar pessoal, sem sucesso.