Dori Prata 8 anos atrás
Existem alguns jogos que nos conquistam mesmo sem terem se tornado grandes sucessos e um que fez isso comigo foi o Psychonauts. Desde a primeira vez que testei o título num PlayStation 2 fiquei completamente encantado por ele e apesar de muitos o criticarem por seu ritmo lento e por sua jogabilidade um pouco diferente daquilo que estamos acostumados a ver num jogo de plataforma, ele está facilmente entre os meus preferidos do console.
O que não sabíamos é que a sua criação foi um grande risco para Tim Schafer e a Double Fine, já que este seria o primeiro título do estúdio e como a Microsoft decidiu parar de investir no projeto que levou vários anos para ser concluído, a situação financeira chegou a um estado crítico.
“Eu pedi dinheiro emprestado, pedi muito dinheiro emprestado para manter o estúdio funcionando,” revelou o game designer. “Eu estava pessoalmente no limite. Eu teria dívidas pelo resto da minha vida por causa daquele dinheiro que pedi emprestado para fazer o pagamento dos funcionários.
Eu pensei que não daria certo, então fiz um discurso para a equipe dizendo que o da próxima semana seria o último pagamento que faria e então foi como se o ar simplesmente tivesse saído da sala. Então eu voltei para a minha mesa e encontrei um email da Majesco e eu meio que ‘aguenta aí equipe, não vão embora!’”
O email a que Tim Schafer se refere foi uma oferta da Majesco para atuar como editora do Psychonauts, acordo que acabou sendo fechado e que permitiu que tanto o título fosse lançado quanto a Double Fine se tornasse o que é hoje, uma desenvolvedora com muitos fãs.
Os tempos são outros, hoje o financiamento coletivo pode ser uma ótima maneira de evitar uma situação como esta e o estúdio de Schafer já construiu sua fama, mas diante de uma depoimento como este não é difícil entender porque a criação de uma continuação tem encontrado tanta resistência.
Fonte: IGN.