Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
Fato: o melhor upgrade que alguém pode fazer em um computador velho de guerra é trocar o HD por um SSD. O ganho de performance é absurdo, meu notebook de 2011 virou outro depois que adquiri um HyperX de 120 GB da Kingston. Custou um braço e uma perna, mas valeu a pena.
Só que como tudo na vida não existe almoço grátis: o que uso veio para substituir um HD falecido de 640 GB e é claro, perdi muito em espaço local de armazenamento. SSDs ainda são caros demais, utilizá-los para backup, embora fosse o ideal por terem uma vida útil invejável (principalmente para alguém que viu um HD externo morrer com o famigerado “click da morte”; os anos 1990 ligaram e pediram o Zip Drive de volta) e termos modelos de até 1 TB no mercado, ainda é um custo inviável para muita gente.
Isso não impede a Intel e a Toshiba de continuarem investindo em meios de atochar mais memória no menor espaço possível: na última semana, em eventos separados ambas anunciaram produtos para o futuro baseados na tecnologia 3D NAND, que empilha os chips de memória em camadas. É semelhante à técnica apresentada pela Samsung em 2013 com o chip 3D V-NAND, permitindo que ela desenvolvesse chips para smartphones com 384 GB.
Com a técnica é possível lançar chips e SSDs com capacidade de armazenamento muito maior do que os disponíveis hoje, mas sem fazer com que eles ocupem mais espaço. A Toshiba, primeira fabricante de discos sólidos apresentou o primeiro dispositivo com tecnologia 3D NAND de 48 camadas, resultando num chip de 16 GB, que segundo a fabricante é mais confiável no que tange ao processo de leitura e gravação, sem falar que sua velocidade de gravação é maior. A empresa japonesa vai enviar amostras para os parceiros, mas adiantou que novos produtos com a tecnologia só estarão disponíveis daqui a um ano.
Ao mesmo tempo, a Intel em parceria com a Micron revelou já estar produzindo seus chips 3D NAND de 32 camadas, e também fixaram para 2016 a introdução dos primeiros produtos com a tecnologia embarcada. Eles trabalham com chips de 32 GB e já prometeram uma versão de 48 GB para breve. Ela adiantou entretanto que é perfeitamente possível fabricar SSDs de 3,5 TB do tamanho de um chiclete (provavelmente um mSATA), bem como modelos tradicionais de 2,5 polegadas com suculentos 10 TB de espaço.
O legal disso tudo é que num futuro próximo, com modelos de capacidades maiores no mercado o preço geral do SSD tende a cair, permitindo que modelos de até 1 TB virem commodities e possam enfim tomar o lugar do HD, o que é benéfico para todo mundo. Por enquanto fica o aviso: quando esses SSDs de 10 TB chegarem, é bom que você esteja sentado quando ouvir o preço.