Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
A culpada inicial foi para variar a Apple. Ao introduzir a Tela Retina no IPhone 4, os fabricantes de smartphones em geral começaram a correr atrás do prejuízo, lançando aparelhos com resoluções cada vez melhores.
Isso é excelente, pois forçou a indústria a resolver (ou ao menos tentar resolver) o problema do consumo de energia. Hoje temos gadgets como o LG G3, o Galaxy Note 4 ou o Moto Maxx, com resoluções estonteantes e baterias de alta performance, que não sugam toda a energia com 15 minutos de uso. Só que Quad HD ainda é pouco, a meta agora é enfiar um tela 4K no seu bolso. E a Sharp está perto de conseguir realizar isso.
Atualmente são a LG, a Samsung e a Sharp as principais desenvolvedoras de displays, sendo que companhia japonesa fornece seus produtos para empresas como Apple e Nintendo. As coreanas apresentaram telas relativamente grandes com resolução Quad HD, resultando numa densidade de pixels por polegada em torno dos 525 ppi. Só que os japoneses fizeram melhor: cometeram um display IGZO de apenas 4,1 polegadas, mas com a estonteante resolução de 2560 x 1600 pixels. Isso dá 736 ppi, mais pixels por polegada do que qualquer tela já produzida.
A chave está na tecnologia empregada. Já foi comprovado que displays IGZO são mais econômicos e custam menos para serem produzidos, o que poderia ajudar na adoção de resoluções cada vez maiores. O problema é: há necessidade disso? O olho humano não consegue distinguir pixels depois de uma certa distância, o ponto que Jobs levantou em 2010 está correto. Entretanto um display com alta resolução é algo lindo de se ver, e se pudermos ter smartphones 4K sem que a energia se esgote num instante, por quê não?
Em tempo: a Samsung também está desenvolvendo um display de 5,9” com 747 ppi, portanto a guerra da resolução ainda vai longe.
Fonte: DT.