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Taylor Swift, Spotify e artistas que não curtem streaming

Taylor Swift manda remover suas músicas do Spotify e Deezer; ato de abandonar streaming seria manobra para aumentar valor da gravadora, que estaria à venda

9 anos atrás

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É fato notório que uma boa parte dos músicos e quase a totalidade das gravadoras não são tão fãs da distribuição digital por via de streaming, visto que preferem lucrar muito mais com a venda direta de seu conteúdo. Ainda que as cifras que serviços como Spotify, Deezer, Rdio e similares seja considerável, a percepção geral dos donos de conteúdo é que são troco de pinga (na verdade não, já chego lá) comparado ao que lucram vendendo suas faixas.

O vocalista do Radiohead Thom Yorke já expressou seu ódio contra o Spotify, e agora foi a vez de Taylor Swift.

Quando a cantora lançou seu mais recente álbum 1989 há alguns dias atrás, muitas pessoas reclamaram do fato que ele não foi disponibilizado para streaming em lugar nenhum - ele no entanto pode ser comprado no iTunes. Isso acabou levando a um porta-voz do Spotify dar uma declaração de que "seus mais de dois milhões de seguidores ativos (no serviço) ficariam desapontados". O que aconteceu foi uma decisão da artista e de sua gravadora Big Machine Records, em concentrar os esforços apenas na venda digital e abrir mão da execução online direta.

O que se seguiu pareceu num primeiro momento uma reação de Swift à declaração dada pelo Spotify: a artista exigiu que todas as suas músicas fossem removidas, sem choro nem vela. Em comunicado o Spotify lamentou a decisão, pedindo que ela reconsiderasse no futuro. Só que o ato não foi uma decisão intempestiva ou represália devido as reclamações do Spotify, isso ou as suas faixas também não teriam sido removidas do Deezer. Por enquanto seu acervo no Rdio continua do mesmo jeito, mas pode ser que isso não dure.

Como tanto Swift como a Big Machine não dão declarações acerca da decisão, abre-se caminho para as especulações. Primeiro, a artista nunca foi fã de streaming, se referindo ao formato de distribuição como "migalhas" e que os artistas deveriam ser os primeiros a valorizar seu trabalho, não aceitando centavos em troca. OK, concordo, já que a companhia revelou à BBC no passado que só paga US$ 0,007 por execução. Por outro lado, a Business Insider diz que o serviço repassa 70% do valor que arrecada com assinaturas aos detentores de conteúdo, e que o montante de 2014 vai fechar em US$ 1 bilhão.

O NY Post parece ter desvendado a charada: o CEO da Big Machine Scott Borchetta estaria tentando vender a gravadora por até US$ 200 milhões. Curiosamente Swift não faz o perfil da mesma (especializada em artistas country), isso porque sua família possui uma fatia da empresa. Como seu contrato está para expirar, tal manobra pode servir para aumentar o interesse de possíveis compradores e valorizar a Big Machine, no que pode ser mais lucrativo do que ganhar menos de um centavo por cada música executada em serviços de streaming.

Fonte: VB.

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