Carlos Cardoso 9 anos atrás
No seriado O Homem de 6 Milhões de Dólares os implantes de Steve Austin eram movidos por energia nuclear. Faz sentido, só com força atômica ele conseguia saltar de prédios, levantar carros e correr em câmera lenta. Mesmo assim eram a parte menos ficção científica da série (na época). Geradores usando radioisótopos eram usados em sondas espaciais, faróis, nas Voyagers e Pioneers e até hoje equipam sondas como a New Horizons e a Curiosity. Também foram usados por um tempo para alimentar marcapassos, mas o desenvolvimento de baterias de longa duração E a desconfiança geral com energia nuclear fez com que parassem de ser usados.
A idéia era que a vida útil de um marcapasso não ultrapassaria a da bateria, mas hoje isso não é mais o caso. Além disso implantes cocleares, por exemplo seriam verdadeiros ouvidos biônicos 100% implantados se pudéssemos manter as baterias carregadas. Há outros tipos de implantes, como desfibriladores e bombas de insulina que se beneficiariam muito de uma fonte de força permanente.
É o que um grupo do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Pior Coréia está pesquisando. Eles criaram um gerador piezoelétrico que transforma energia cinética em energia elétrica. Sim, igual a um Magiclick.
Usando um filme semicondutor conseguiram implantar em um rato um gerador que produziu pulsos de 8,2 V a 0,22 mA; não exatamente digno de Mjolnir mas suficiente para alimentar uma bateria, se o rato não for sedentário.
Isso ainda é pesquisa básica, mas o conceito é excelente, ainda mais se levarmos em conta que um usuário desse tipo de implantes hoje teria graves problemas se se perdesse numa selva. Quem sabe no futuro poderemos até usar a energia de nossos corpos para recarregar celulares e tablets. Só não me pergunte onde ficará a porta USB.
Nota: em mais uma prova de que jornalismo científico é puro sensacionalismo, e nem é coisa só do Fantástico, a GIZMAG publicou esta matéria com o título “Desenvolvido marcapasso cardíaco alimentado pelos músculos do corpo”. Menos, gente, menos.
Fonte: GIZMAG.