Matheus Gonçalves 9 anos atrás
Em uma atitude que deixaria o personagem do Marcelo Adnet muito cónténti, a Rússia decidiu que é sim possível viver longe da tecnologia ocidental.
Especialmente se isso envolver sanções econômicas, espionagem da NSA, liberdade de expressão na Internet e suposta cooperação no funcionamento de sistemas de GPS.
Mas lembramos que, quanto a isso, ao menos na Estação Espacial Internacional, no entanto, tatu do bem.
Parece que essa posição mais radical da Rússia está se estendendo para a fabricação de processadores, com incentivo à produção local e sanções aos produtos das empresas americanas Intel e AMD, líderes mundiais do segmento e com CPUs presentes em um sem número de modelos de PCs e Macs.
Segundo o que está sendo relatado pelas secretarias estaduais, as empresas estatais não vão mais comprar computadores como estes, à partir de 2015.
Em vez disso, o governo irá comprar até um milhão de aparelhos por ano, que são montados com o processador Baikal (nome inspirado no gigantesco lago na região da Sibéria).
Esse modelo será desenvolvido pela empresa russa T-Platforms e será inspirado no ARM Cortex-A57 de 64 bits, que vem mostrando bons resultados de performance e de economia de energia.
De qualquer forma, só saberemos da qualidade do processador russo quando ele estiver pronto.
Será que isso também vai significar que políticos russos deverão ser proibidos de comprar/usar PCs e Macs?
E o sistema operacional? Aposto em uma versão personalizada de uma distribuição Linux compatível com o ARM, claro. Pois não há nada como a liberdade russa. A Crimeia que o diga.
Imagino que o próximo passo seja desvincular a Lada da Chevrolet e voltar a fabricar o Niva 1977.
Fontes: TechEye e Hexus.