Carlos Cardoso 9 anos atrás
Dizem que se você está no Inferno, abrace o Capeta, e há poucas situações mais infernais que uma erupção vulcânica. Por isso o fato de junto da lava, das chamas, do fluxo piroclástico, aparecerem raios também nem é tão ruim assim. Ferrado, ferrado e meio. Se você estiver perto o suficiente pra se incomodar com eles, você já era.
Mesmo assim, a origem desses raios sempre foi um mistério. A explicação de que deuses do submundo geravam os raios deixou de ser suficiente depois que descobrimos a Eletricidade. Hoje em dia associar raios a divindades meio que caiu em desuso. Ainda bem, senão acabaria gerando climão.
A teoria corrente é que partículas de cinzas vulcânicas, levadas pelo fluxo de ar geram diferenças de potencial dentro da nuvem de poeira, resultando em raios, da mesma forma que nuvens “normais” geram raios “normais”. Agora uma equipe da Universidade Ludwig Maximilian, na Alemanha resolveu comprovar a teoria, através da experimentação.
Liderados pelo Vulcanologista Experimental (belo título) Corrado Cimarelli criaram um aparato onde um jato de Argônio gera uma diferença de pressão, forçando um vórtice que perturba poeira vulcânica. Experimentaram vários tamanhos de fragmentos, esferas de vidro e poeira de diversos vulcões.
O experimento foi filmado a 50.000 fps. Tudo durou 0,008 s; e não envolveu nenhum condutor elétrico, os raios são todos “naturais”, veja:
O artigo original pode ser lido aqui. De resto, CHUPA THOR!