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Quem diria, exército dos Estados Unidos perde processo de US$ 50 milhões por usar software pirata

Empresa Apptricity processa - e vence - exército norte-americano por uso de software sem licença. Administração Obama terá que pagar US$ 50 milhões

10 anos atrás

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Este é um dos casos que fica muito mais divertido dado o atual cenário envolvendo a guerra entre as detentoras de copyright e os usuários, onde o governo norte-americano é um dos principais envolvidos: a Apptricity, uma pequena empresa de software do estado do Texas abriu um processo contra seu maior cliente alegando uso indevido de seus softwares, sem o devido pagamento de licenças. E eventualmente ela venceu.

Até aí tudo bem, não fosse um pequeno detalhe: o cliente em questão é o exército dos Estados Unidos. O valor da facada? 50 milhões de dólares.

Para entender o que aconteceu voltemos para 2004: na época a Apptricity era uma empresa minúscula de desenvolvimento de software, sendo que possuía apenas 80 funcionários. Foi a CSC, que tinha no exército um forte cliente que aproximou as duas partes, já que a junta militar precisava de outro fornecedor de software e hardware. Quando findo o contrato com a grande corporação o exército ficou preso com a Apptricity, e não arranjou outro fornecedor de servidores e workstations desde então.

Basicamente o contrato mantido com a empresa previa a venda de cinco servidores e milhares de estações de trabalho, além da manutenção. O exército tem usado a logística de transporte da empresa e seu software é direcionado para coordenar suas ações em todo o globo, incluindo os esforços quando na ocasião do terremoto no Haiti em 2010.

Foi em 2008 entretanto que a empresa percebeu que seu cliente estava fazendo o que não devia. De acordo com a Apptricity, o exército instalou seu software de maneira indevida em 98 servidores e cerca de 11 mil estações. Em 2012 ela abriu formalmente o processo exigindo a bagatela de US$ 224,5 milhões. Apesar de ter vencido a causa, o júri achou a cifra alta demais e a reduzir para US$ 50 milhões.

Agora a melhor parte: apesar de tudo o exército ainda continuará sendo seu cliente, até porque ele não tem para onde correr como relata o presidente e co-fundador Tim Garcia:

"É como um casamento: às vezes um não quer ficar perto do outro mas isso necessariamente não levará a um divórcio."

O governo recusou-se a comentar o assunto, mas nem precisa: como o vice-presidente Joe Biden disse anteriormente em sua cruzada a favor dos detentores de direitos autorais, “pirataria é roubo, simples assim". Faça ou que eu digo...

Fonte: DT.

 

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