Carlos Cardoso 10 anos atrás
O sonho de voar sem aeronave, ou pelo menos sem muita coisa em volta sempre acompanhou o Homem. Tema recorrente da Ficção Científica, os jetpacks surgiram como proposta séria pela primeira vez em 1919, e nunca saíram de moda.
Nos anos 50/60 os protótipos funcionais começaram a aparecer. O Bell Rocket Belt foi usado em 1965, na sequência de abertura de Thunderball, onde James Bond foge dos bandidos usando um jetpack. Todo mundo achou que era apenas efeitos especiais, mas fora os closes de Sean Connery, era de verdade, veja:
Depois já em 1976 o mesmo modelo de jetpack foi usado diversas vezes em Ark II, uma série que só eu assistia. O problema, que forçava uso de edição criativa e impedia a criação de exércitos de soldados voadores, é que o tanque de peróxido de hidrogênio usado no jetpack permitia uma autonomia máxima de 30 segundos. Você só conseguiria invadir um país inimigo se ficasse colado na fronteira.
A idéia tem sido comprada e abandonada por inventores no passar das décadas, mas agora aparentemente temos um equipamento minimamente funcional, desenvolvido pela Martin Aircraft:
Não é nada digno de Rocketeer, não é nada digno de Tony Stark, mas ao menos funciona, e sem a necessidade de um reator de arco. É o Martin Jetpack, que começará a ser vendido em 2014, por US$ 200 mil, inicialmente para agências governamentais, bombeiros, essas coisas.
Claro, ele não vai quebrar nenhum recorde. O alcance é de 30 km, a autonomia é de 30 minutos e a velocidade máxima de 74 km/h. Velocidade de cruzeiro, 56 km/h. A altitude recomendada é de 500 pés.
O vídeo de demonstração tem seus méritos, ele vai realmente alto, mas como o combustível não dá para subir e descer, apelam para um pára-quedas, tornando a finalização do vôo uma das coisas mais indignas e constrangedoras que já vi, veja:
Fonte: GR.